Uma reunião a portas fechadas na sala da presidência encerrou o expediente da noite desta segunda-feira (17) para a maioria dos vereadores na Câmara Municipal de Marília. Em pauta, um assunto de interesse comum aos presentes nesta conversa confidencial: a revogação da Lei 8.507 de 8 de janeiro de 2020, que reajustou os subsídios (salários) dos vereadores em 29% – e em 35% ao presidente – para a próxima legislatura (2021-2024).
O encontro de última hora pôs frente a frente os autores dos dois projetos já protocolados na Câmara com o mesmo objetivo: o sexteto formado pelos vereadores que recuaram da aprovação do reajuste – Danilo da Saúde (PSB), Evandro Galete (PODE), João do Bar (PHS), Marcos Custódio (PSC), Maurício Roberto (PP) e Professora Daniela (PR) – e o próprio presidente da casa, Marcos Rezende (PSD)
A presidência, aliás, protocolou primeiro e os demais vereadores, em conjunto, menos de 24 horas depois, nos dias 9 e 10 de janeiro, respectivamente. Devido à dupla apresentação da mesma matéria, Rezende recorreu à procuradoria jurídica da Câmara para que emitisse um parecer que o orientasse como encaminhar o assunto. Passados mais de 30 dias, ambos os projetos de lei seguem na estaca zero.
COBRANÇA DAS RUAS / A demora, superior inclusive ao tempo regimental de trinta dias para análise dos projetos de lei nas comissões da casa, levou o sexteto à sala da presidência em busca de uma solução. Não por acaso: quanto mais passa o tempo, tão maior é o desgaste de cada um para justificar a manutenção, ainda, do reajuste que ajudaram aprovar – mesmo que tenham se arrependido.
Segundo apurou o JDM, a conversa de ontem terminou no campo da expectativa. Não houve garantia nenhuma, por exemplo, de que a matéria possa já ser apreciada na próxima sessão, seja qual for o projeto. No que depender das comissões de Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Servidor Público, no entanto, os pareceres serão redigidos e entregues no mesmo dia do recebimento da matéria – independentemente da autoria.