O dirigível é capaz de retransmitir o sinal de internet para comunidades remotas, monitorar o clima e até observar incêndios florestais
Uma empresa aeroespacial dos Estados Unidos quer usar um dirigível para retransmitir o sinal de internet, permitindo uma melhor conexão inclusive em locais mais remotos do planeta. O veículo aéreo foi desenvolvido pela Sceye e usa energia solar para pairar na estratosfera.
Dirigível é alimentado por painéis solares
- O Sceye HAPS (High-Altitude Platform Station) é uma aeronave não tripulada de 65 metros de comprimento.
- Projetada para ser lançada verticalmente, ela pode atingir e permanecer voando em uma altitude de 18.288 a 19.812 metros.
- Isso é possível graças a um conjunto de coordenadas GPS.
- Além disso, o dirigível é alimentado por painéis solares de seleneto de gálio e arseneto de gálio que são integradas em sua “capa solar”, revestindo quase toda a sua estrutura.
- As informações são do New Atlas.
Operações comerciais podem começar no ano que vem
Segundo a empresa, o Sceye HAPS é capaz de realizar tarefas como retransmitir internet de banda larga para comunidades remotas, monitorar o clima e até observar incêndios florestais ou outros desastres naturais. A aeronave também faz parte de um estudo de cinco anos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA com o objetivo de rastrear e medir as emissões de metano.
Os primeiros voos foram realizados em 2021, atingindo uma altitude máxima de 19.690 m. Durante a fase de testes, o dirigível utilizou um conjunto de antenas de 4G e tecnologia de formação de feixe para manter uma conexão de dados LTE OpenRAN com um smartphone no solo, abrangendo uma distância recorde de mais de 140 km (normalmente o alcance máximo é de cerca de 100 km).
Assista abaixo um dos voos de teste do dirigível:
O marco mais recente da aeronave ocorreu nos últimos dias, quando ela demonstrou sua capacidade de carregar as baterias durante o dia por meio de suas células solares e, em seguida, usar essa energia para continuar voando à noite.
O Sceye HAPS já fez um total de 20 voos de teste, com mais dois programados para o final deste ano. A ideia é que o veículo comece a operar comercialmente em 2025.
Por Alessandro Di Lorenzo / Fonte: Olhar Digital