Em um recente evento, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi fotografado usando um keffiyeh, tradicional lenço árabe, que trazia inscrições em árabe que provocaram reações acaloradas tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo. A peça de vestuário, associada à causa palestina, continha as frases “Jerusalém é nossa” e “estamos chegando”, conforme relatado por uma publicação do perfil do BRICS no X.
A escolha de Lula de usar um item com tais inscrições, especialmente em um momento de tensões geopolíticas globais, gerou críticas imediatas, tanto internamente quanto no exterior. A frase “Jerusalém é nossa” remete à disputa histórica e religiosa entre Israel e Palestina sobre a cidade sagrada, sendo vista por muitos como um posicionamento pró-Palestina. Já a frase “estamos chegando” é interpretada por alguns como uma mensagem ameaçadora, reforçando uma retórica de conflito.
Críticos de Lula apontam que o uso do keffiyeh com essas mensagens pode ser interpretado como um apoio implícito às reivindicações palestinas sobre Jerusalém, o que pode complicar ainda mais as relações do Brasil com Israel, além de gerar desconforto em nações ocidentais que apoiam a soberania israelense sobre a cidade.
Essa não é a primeira vez que Lula se envolve em polêmicas relacionadas ao Oriente Médio. Seu governo anterior foi marcado por uma política externa voltada para o sul global, com forte apoio a causas de autodeterminação, o que incluía uma postura favorável ao reconhecimento de um “Estado palestino”.
Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou oficialmente sobre o episódio. No entanto, é esperado que as repercussões dessa imagem continuem a ecoar, tanto na esfera diplomática quanto na política interna do Brasil.
A escolha de Lula de usar o keffiyeh com essas inscrições coloca em evidência as complexas interseções entre política, simbolismo e diplomacia, e pode influenciar futuras discussões sobre a posição do Brasil em relação aos conflitos no Oriente Médio. Resta saber como o governo brasileiro gerenciará as reações a esse incidente, especialmente em um cenário internacional cada vez mais volátil.
Lula já recebeu apoio do Hamas e seu vice, Geraldo, estava no Irã quando um dos terroristas responsáveis pelo ataque de outubro de 2023 foi abatido pelas forças israelenses.
Revista D Marília / Fonte: Terça Livre