Um evento político recente gerou grande repercussão nas redes sociais. No último sábado, 24 de agosto de 2024, durante um comício realizado em São Paulo, o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Psol, Guilherme Boulos, causou controvérsia ao entoar o Hino Nacional brasileiro em “linguagem neutra”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava presente ao lado de Boulos quando o trecho “dos filhos deste solo” foi alterado para “des filhes deste solo”.
As imagens do momento imediatamente viralizaram nas redes sociais, provocando uma série de reações de indignação e perplexidade por parte de diversos internautas. Em meio às críticas, alguns usuários questionaram a legalidade da adaptação do hino, destacando que a lei brasileira exige o cumprimento integral do mesmo.
Assista:
Polêmica Envolvendo o Hino Nacional com Lula e Boulos
O debate em torno do uso da linguagem neutra no Hino Nacional não demorou a se intensificar. No X/Twitter, uma mulher questionou: “Hino nacional em linguagem neutra não é crime?”. Outra pessoa na mesma rede social comentou: “O que esse país está se tornando? Estão ficando todos retardados? Que maluquice!”.
De acordo com o artigo 25 da Lei nº 5.700, “em qualquer hipótese, o Hino Nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”. A infração desta regra é considerada uma contravenção, sujeita a multa.
A legislação brasileira é bastante clara quando se trata da execução do Hino Nacional. Como mencionado anteriormente, o artigo 25 da Lei nº 5.700 determina que o hino deve ser executado integralmente, sem alterações. A violação desta norma pode acarretar multas e sanções.
Além disso, o artigo 35 da mesma lei especifica que a contravenção pode resultar em uma multa de uma a quatro vezes o maior valor de referência vigente no país, elevando-se ao dobro em casos de reincidência. Ou seja, reiterar a ação pode significar penalidades maiores.
Boulos Critica Concorrentes Durante Comício
Durante o evento, Guilherme Boulos também não poupou críticas a seus concorrentes Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Ricardo Nunes foi taxado de “incompetente”, enquanto Pablo Marçal, ex-coach, foi chamado de “bandido”. Boulos destacou a sua oposição ao que chamou de “bolsonarismo”, atribuindo a seus opositores uma representação negativa da política brasileira.
Boulos argumentou que tanto Nunes quanto Marçal não teriam lugar na Prefeitura de São Paulo e que a maior cidade do Brasil não seria palco para o que ele considera “o pior da política brasileira”. Essa assertiva pode ter despertado ainda mais a atenção e as críticas do público, já agitado pelo episódio do Hino Nacional.
O episódio de cantar o Hino Nacional em linguagem neutra ocorre num contexto político já bastante polarizado no Brasil. A presença do presidente Lula (PT) ao lado de Boulos (Psol) reforça a aliança política entre os dois partidos e suas agendas.
Revista D Marília / Fonte: Terra Brasil Notícias