Passado o choque inicial provocado pela pandemia do novo coronavírus, a produção industrial se recupera gradualmente já há quatro meses consecutivos, mas apenas dez das 26 atividades investigadas operam em nível superior ao pré-crise sanitária, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro foram os registrados pelas atividades de equipamentos de informática (11,5%), extrativas (9,5%), móveis (8%) e bebidas (6%). Na direção oposta, os segmentos de vestuário (-31%), impressão e reprodução de gravações (-29%) e veículos (-22,4%) têm os níveis mais baixos ante fevereiro.

A indústria como um todo está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia. Em quatro meses, a produção cresceu 33,4%.

Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, houve melhoras, mas ainda há um longo caminho a percorrer para voltar ao melhor momento da série histórica. Atualmente, a produção ainda opera 18,4% abaixo do ápice alcançado em maio de 2011.

Na categoria de bens de capital, a produção chegou a agosto 43,8% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 28,7% abaixo do ápice de junho de 2013. Os bens intermediários estão 14,4% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 14,7% inferior ao pico de junho de 2013

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Apenas 10 atividades industriais superaram o patamar pré-pandemia, afirma IBGE