O anúncio antecipado do Governador do Estado de São Paulo, João Dória, em prorrogar a “quarentena” até o dia 10 de Maio, estimulou a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marília em preparar uma ação e buscar na Justiça Cívil, uma liminar que garanta a abertura das lojas do comércio de Marília o mais rápido possível, com temor de aumento do desemprego e fechamento de lojas de forma “assustadora”. “Chegamos no nosso limite”, disse em tom de profunda preocupação.

“É impossível prever o que mais de ruim pode acontecer com a manutenção da “quarentena” ainda na primeira quinzena de Maio”, disse o presidente da associação comercial mariliense, Adriano Luiz Martins, ao vislumbrar o “desmonte” de qualquer campanha promocional para o Dia das Mães, celebrado no mês de Maio, data importante para as vendas no varejo.

Os profissionais do Direito da Associação Comercial e Industrial de Marília estão estudando os últimos decretos estadual e federal, bem como as condições jurídicas da pandemia e a extensão do período de confinamento doméstico, para elaborar um documento que mostre o lado varejista da pandemia do Covid-19.

“A cada dia que passa o medo se instala nas pessoas, contaminadas ou não, e as incertezas passam a ultrapassar as esperanças”, disse o dirigente mariliense que vem conversando diuturnamente com vários segmentos da sociedade em busca de alternativas para saídas e superação da crise instalada. “É desgastante, cansativo e muitas vezes desolador”, reclamou o dirigente mariliense ao mostrar cansaço generalizado, diante de surpresas diárias por parte do Governo Estadual e Federal. “As ações políticas interferem nas ações econômicas, que interferem nas ações de saúde e resultam em reações sociais”, contabilizou.

De acordo com Adriano Luiz Martins dois aspectos recentes dão a oportunidade de se discutir a volta do comércio varejista. O fato do Ministério da Saúde autorizar a flexibilização das regras de isolamento horizontal em municípios nos quais os pacientes contaminados com o Covid-19 não utilizarem mais de 50% da capacidade instalada do sistema de saúde, como é o caso de Marília e de muitas cidades, pode ser entendido como uma forma de retomada do movimento entre as lojas.

“Felizmente desde o início da pandemia a cidade de Marília vem sendo responsável e, por enquanto, estamos dentro de uma situação administrável”, falou o presidente da associação comercial local, ao lembrar que deste primeiro mês de “quarentena”, foi registrado apenas um caso de óbito, infelizmente.

Comércio eletrônico

Enquanto a maioria das lojas é obrigada a estar fechada em todo o Estado de São Paulo, a alternativa de vendas no momento é através da “venda on line”, ou do e-commerce. A associação comercial mariliense criou uma plataforma eletrônica, com a denominação do “Acim Shopping Marília”, em que é possível comprar e vender eletronicamente sem a necessidade de sair de casa, como determina o Decreto Estadual 64.881/2020.

No portal eletrônico da entidade, através do endereço: www.acim.org.br existe um local específico para o acesso ao shopping virtual. “Muitas empresas com produtos e serviços estão cadastradas e já estão vendendo”, disse Adriano Luiz Martins ao lembrar que até o dia 31 de Agosto a participação é gratuita para os associados da entidade.

Compartilhar matéria no
Associação Comercial de Marília prepara ação na Justiça para reabrir comércio