A menos de duas semanas do início do funcionamento pleno do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o comércio se prepara para uma grande mudança no modo de fazer compras à vista. A partir do dia 16, os pagamentos poderão ser feitos pelo celular, substituindo o dinheiro e o cartão de débito, usando, principalmente, um QR Code – o Quick Response Code, ou código de resposta rápida.
Os meios de pagamentos usados hoje não deixarão de existir, mas a aposta é que o Pix ganhe espaço, pela praticidade e pela rapidez na finalização da transação, que deve ser concluída em dez segundos. A novidade deve mudar o dia a dia nos estabelecimentos, com menos circulação de cédulas e maquininhas deixadas de lado.
A certeza, por enquanto, é que os custos operacionais vão diminuir, o fluxo de caixa vai ficar mais ágil e até mesmo novas estratégias de negócio vão surgir, especialmente no varejo e no e-commerce.
Caroline Nogueira é sócia de um restaurante self-service da família, no Itaim Bibi, na zona sul da capital paulista, e planeja ficar apenas com uma das três maquininhas de cartão que tem atualmente. “Primeiro, vamos sentir quanto o Pix vai ser usado pelos clientes. O valor que se gasta no quilo não é nada muito absurdo, então, muitas pessoas já pagam no débito. É uma vantagem grande para nós, porque acaba diminuindo as taxas e melhora o fluxo de caixa”, disse. “E eu vou ter o domínio do valor que recebo.”
E, com mais dinheiro à disposição em menos tempo, ela acredita que a economia vai girar mais rapidamente. “Tenho meus fornecedores também. Com certeza vai haver pressão por parte deles para receber mais rápido.”
O Uber disse que vai disponibilizar gradualmente o Pix como forma de pagamento para compra de créditos pré-pago (Uber Cash) e também como forma de pagamento direto na plataforma.