Nas áreas rurais e comunidades mais afastadas do Brasil a população encontra dificuldades para estabelecer conexão com a internet – uma ferramenta que tem se tornado indispensável a cada dia. O número de localidades assim, que não tem a disponibilidade do serviço de acesso à Internet representa 20,8%, de acordo com os resultados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018.
E para algumas pessoas, esse problema não é apenas uma barreira, mas uma impossibilidade. Para 4,5% das pessoas que não acessam a internet, mesmo que possam pagar, o serviço não está disponível. Esse percentual é maior na Região Norte, onde aproximadamente 13% dos moradores não tem acesso. Para efeitos de comparação, a Região Sudeste tem percentual menor que 2%.
Outro dado que destacado na pesquisa, foi o comportamento diferenciado da região Nordeste, que segue em um rumo contrário às outras regiões do País, sendo que por lá mais pessoas contratam banda larga fixa do que a móvel. Pela região Nordeste, são cerca de 64% de pessoas usando Internet móvel enquanto no restante do Brasil, esses percentuais variaram entre 82% e 89%.
Para facilitar o acesso de conexão com a internet às populações que moram mais afastadas ou onde o serviço não é ofertado, o Governo Federal tem atuado para ampliar os pontos de internet públicos. A iniciativa faz parte do projeto “Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC)”, que oferta internet com 10 mega de velocidade.
Segundo os dados apresentados, aproximadamente 74% da população brasileira com 10 anos de idade ou mais, acessaram a internet de 2018 até 2020. Isso representa mais de 181 milhões de usuários, com maior representatividade entre pessoas dos 18 aos 34 anos.