Como é de conhecimento público, os produtos da cesta básica têm sofrido forte pressão de aumento nos preços repassados pelos fornecedores de alimentos. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja tiveram aumentos significativos em todo o Brasil, o que motivou a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) a solicitar ao Governo Federal que retirasse a taxa de importação do arroz para atender o mercado interno, medida que foi acatada. A Associação Paulista de Supermercados (APAS) entende que a retirada da taxa não reduzirá os preços para patamares do início do ano, porém pode atenuar o aumento.
A APAS continua recomendando aos supermercados associados que negociem com seus fornecedores e comprem somente a quantidade necessária para a reposição, de modo que não estrangulem o visível gargalo de produção de alguns itens pertencentes à cesta básica. A indisponibilidade e consequente encarecimento de alguns produtos se deve à valorização do dólar frente ao real que motivou a exportação recorde de muitos produtos, a quebra de safra e o crescimento da demanda interna impulsionada pela covid-19, que trouxe maior consumo de produtos básicos. A entidade ressalta que os supermercados associados são orientados a oferecerem ao consumidor produtos de qualidade que possam substituir o arroz. Porém, tão importante quanto a substituição do produto é o consumidor entender as reais motivações das altas de preço.
Além do mais, o setor supermercadista continuará buscando o diálogo com governos, entidades de classe e demais partes interessadas, como fez ao buscar uma solução conjunta com a Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON) no dia 1º de setembro, ao notificar para o aumento dos preços provenientes dos fornecedores de arroz, carnes, feijão, leite e óleo de soja.