A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 1,3% em setembro ante agosto, para 67,6 pontos, a primeira alta após cinco meses seguidos de quedas, informou nesta sexta-feira a entidade. O ICF de setembro ficou 26,9% abaixo do registrado em igual mês de 2019 – é o menor nível para um mês de setembro desde o início da série histórica do indicador, em janeiro de 2010.
Segundo a CNC, a alta na passagem de agosto para setembro seria uma reposta à reabertura gradual do comércio. Nas avaliações sobre o curto prazo, o único componente do ICF relativo ao momento atual que apresentou retração foi o relacionado à renda (-1,1%).
O subíndice que mede a satisfação dos consumidores com relação ao emprego voltou a registrar crescimento (+0,3%), após cinco quedas seguidas, e fechou o mês como o item de pontuação mais elevada (85,7 pontos). Na esteira do aumento do componente Emprego Atual, o subíndice que avalia a perspectiva profissional dos brasileiros apresentou o maior crescimento mensal em setembro (+5,9%), chegando a 75,2 pontos.
“Esses fatores revelam que a percepção mais favorável do mercado de trabalho atual já se reflete positivamente e de forma mais intensa nas perspectivas em relação ao futuro profissional para os próximos seis meses”, diz nota divulgada pela CNC.
Em relação às condições de consumo, o subíndice Consumo Atual voltou a apresentar crescimento (+1,6%) após cinco quedas consecutivas, chegando a 50,7 pontos. O item Acesso ao Crédito registrou aumento mensal de 0,8%, depois de quatro recuos seguidos, para 81,1 pontos.
Com avanço de 3,2% ante agosto, o componente Momento para Duráveis registrou em setembro a segunda alta consecutiva. Só que o nível desse subíndice (42,3 pontos) é o mais baixo de todos os componentes do ICF de setembro, informou a CNC.