O levantamento sobre Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE em junho aponta uma inflação menor que registrada em maio, 0,67% contra 0,94%. Entre os itens que mais tiveram queda nos preços estão os hortifrutigranjeiros (-1,90%) e bebidas alcoólicas (-3,07%).
A pesquisa mostra que junho trouxe queda de -1,9% na média dos produtos de hortifrúti. As frutas caíram -0,7% puxadas pela redução da laranja (-1,3%) e maçã (-3,8%). Porém, a maior responsável pela queda na hora de fazer o ‘sacolão’ está nos legumes que caíram -8,8%. Os principais itens foram o tomate e cenoura (ambos em -17%). A explicação para a queda no preço do tomate é a maturação mais rápida da lavoura devido as altas temperaturas, por consequência, aumentando a oferta.
Com um aumento de 9% nas exportações no primeiro semestre de 2020, e 28% somente em junho, os frigoríficos voltaram a exportar mais. Aliado a alta cotação do dólar e abertura do mercado pós-covid já é possível notar impacto no valor dos bovinos e os suínos. As aves seguem isentas. Ainda assim, se consideramos apenas os preços de 2020, os bovinos tiveram queda acumulada de -4,5%, suínos -1,9% e aves -4,3%.
“Como medida para fugir do aumento de preço, o consumidor deve praticar a substituição. Os aumentos fogem do controle do supermercadista se originando no campo, indústria e frigoríficos. A APAS segue aconselhando seus associados a não aumentarem a margem de lucro em um momento tão sensível como esse”, explica o presidente da APAS, Ronaldo dos Santos.
A APAS separou algumas proteínas e cortes que registraram deflação em junho e podem auxiliar o consumidor na hora da pesquisa de preço da popular ‘mistura’. Entre os destaques estão os ovos que desde o aumento da carne bovina em dezembro vem ganhando mais protagonismo no prato dos brasileiros.
Ainda falando sobre proteínas, entre os 10 itens que mais tiveram quedas no acumulado de 2020, cinco são cortes bovinos.