O número de pedidos de seguro-desemprego aumentou 22,1% em abril na comparação com igual mês de 2019, com 748.484 solicitações feitas pelos trabalhadores, informou o Ministério da Economia. Em abril do ano passado, foram 612.909 pedidos.

O aumento de cerca de 135 mil requerimentos em termos absolutos vem na esteira da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O governo estima que ainda há até 250 mil requerimentos que ficaram represados entre março e abril por causa do fechamento de agências do Sine, que são de administração municipal e estadual e estão sem atendimento presencial para evitar risco de alastramento da covid-19.

Os trabalhadores demitidos sem justa causa têm até 120 dias para requerer o seguro-desemprego. O governo tem buscado orientar os cidadãos sobre a possibilidade de solicitar o benefício pela internet ou por aplicativo para smartphone.

Na primeira quinzena de abril, a quantidade de requerimentos pela internet chegou a 90,2%. Depois, houve uma redução com o aumento de atendimentos presenciais nos últimos dias do mês. No acumulado de janeiro a abril, foram contabilizados 2.337.081 pedidos.

Despesas excecionais

O Ministério da Economia disse nesta terça-feira, 12, que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus trouxe uma “oportunidade” para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias.

A pasta esclareceu, porém, que as despesas criadas “neste momento de excepcionalidade” não devem ser convertidas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 nem a trajetória da dívida pública.

O programa tem um custo calculado em R$ 123,9 bilhões considerando os três meses de duração. É quatro vezes o Orçamento de um ano inteiro de pagamentos do Bolsa Família.

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Pedidos de seguro ao desemprego sobem 22,1%