A transferência do lucro do Banco Central para o Tesouro Nacional e a contratação de empréstimos com organismos internacionais ajudarão a manter o “colchão de liquidez” do órgão, uma reserva de recursos utilizada na gestão da dívida pública.
Em sumário executivo divulgado juntamente com o resultado da Dívida Pública de abril, o Tesouro afirma que busca manter o colchão de liquidez “em níveis confortáveis”, o que vem sendo reforçado progressivamente com a aceleração das emissões realizadas ao longo do mês de maio e outras “ações subjacentes”.
Em relação à utilização dos recursos do resultado do Banco Central, o Tesouro reforçou que a lei permite que isso seja feito quando “severas restrições nas condições de liquidez” o refinanciamento da dívida pública. “A destinação deste recurso depende de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e poderá ocorrer entre os meses de agosto e setembro”, completa.
Além disso, o Tesouro destacou que já foi aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) uma operação para contratação de empréstimos com organismos internacionais no valor de US$ 4,1 bilhões, que financiarão despesas como o pagamento de parte do auxílio emergencial e a expansão do Bolsa Família. “Tais operações terão prazos de até 30 anos e custos inferiores ao custo de captação do Tesouro Nacional em dólares e em euros”, completou.