O Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais, Compliance e Segurança da Informação (Instituto SIGILO) lançou um portal dedicado a fornecer informações sobre a Ação Civil Pública relacionada ao extenso vazamento de dados envolvendo a Serasa Experian. O portal fornece atualizações sobre o caso e convida os interessados a participar assinando uma petição para inclusão nos autos do processo.
A ação, iniciada em 2021 pelo SIGILO, alega que a Serasa comercializou informações pessoais de mais de 223 milhões de brasileiros. Inicialmente buscando uma indenização de R$ 15 mil por pessoa afetada, o Ministério Público Federal (MPF), coautor desde novembro por iniciativa da Procuradora Karen Louise Jeanette Kahn, agora busca uma indenização de R$ 30 mil para as vítimas.
O vazamento, segundo informações do SIGILO, inclui dados sensíveis, como comportamento de consumo online, históricos de compras, endereços de e-mail, dados da Previdência Social. Além de renda, informações da Receita Federal e até mesmo a possibilidade de acesso a dados de cartões de crédito e débito.
Em resposta ao MPF, a Serasa afirma, por meio de comunicado, ter demonstrado minuciosamente a ausência de invasão em seus sistemas. Dessa forma, refutando qualquer indício de que o vazamento tenha originado de suas bases de dados. Esses resultados foram respaldados por um instituto de perícias, cujo parecer técnico foi entregue às autoridades competentes.
Indenização pós-vazamento do Serasa
Para as vítimas afetadas por esse megavazamento, o portal do SIGILO oferece a oportunidade de se cadastrar e buscar uma indenização que agora pode chegar a R$ 30 mil. Além disso, a petição disponível no portal busca ampliar a representatividade das vítimas no processo.
Diante da magnitude do vazamento e das informações comprometidas, a ação busca não apenas responsabilizar a Serasa. Mas também proporcionar compensação para aqueles cujas vidas foram impactadas pela exposição de dados pessoais. O cadastro no portal representa o primeiro passo para aqueles que desejam buscar justiça e uma possível indenização diante dessa violação de privacidade em larga escala.
SCD