Que o prefeito Daniel Alonso foi eleito pela maioria dos votos válidos isso não é dúvida. Por isso foi dado a ele o poder e direito de governar e escolher seus secretários. Por sinal, existem muitos bons secretários em seu time. Um deles é o da Fazenda, Levy Gomes. Vem fazendo um ótimo trabalho desde o governo passado. Porém, nos é dado o direito a avaliações. Sem ofensa e soberba, devemos ver o prefeito como autoridade, mas não como um Deus grego, intocável. Comete acertos e erros. Por isso não podemos esquecer que ele quis estar lá e nós, eleitores e população em geral, somos quem paga as contas, inclusive do seu salário e verbas adicionais.
Como as de gabinete, viagens, etc. Daí nosso direito de avaliação e até mesmo críticas, não como fazem seus opositores políticos. Mas é até mesmo um direito e dever de cidadão nos posicionarmos sobre diversos assuntos. Por isso trago aqui a questão do número baixo de parcelas na renegociação de dívidas com impostos municipais. 2020 foi um ano atípico para Marília e este também o será. Bem como estamos vendo no mundo o desastre econômico e de saúde por causa do vírus chinês.
Mas no Brasil nossa cidade e algumas outras de São Paulo foram as que mais sofreram. Isso pela incompetência e perseguição do governador João Doria que tratou o assunto principalmente como político, visando as eleições de 2022 para presidente. Liberou o Carnaval em 2000, emendou feriados proporcionando superlotações no Interior e litoral, entre outros problemas.
No tocante a Marília, a mando de alguém, talvez, fechou precocemente a cidade em períodos que estávamos com quase total capacidade hospitalar de leitos e UTIs. Sacrificou comerciantes, prestadores de serviços e empregados ao mesmo tempo pelo menos uns cinco meses do ano passado. Mas também não deixamos de culpar parte da população que não segue regras e ajuda a propagar a doença.
No começo talvez pela falta de informações para uma doença nova ou mesmo excesso de mentiras políticas de grupos econômicos e da grande imprensa com interesses políticos. Mas hoje sabe-se muito bem sobre medidas necessárias e também do estrago causado aos empreendedores de Marília. A Prefeitura chegou a dar alguns descontos e prazos aqui e acolá. Porém, deve entender que o momento é muito crítico.
Poderia também ser mais transparente e divulgar o montante das dívidas a serem negociadas. Sabe que só vai receber dos ricos que não pagam impostos e aguardam a eterna anistia dada todos os anos. Dos normais, que produzem no sacrifício e geram empregos e renda para a cidade nessa época de pandemia, acho difícil o pagamento, mesmo com esse tipo de renegociação.
O contribuinte em sua grande maioria está matando cachorro a grito, como se diz no ditado popular. Aí tem que pagar o total da dívida acumulada para receber desconto de 100% dos juros e multa com pagamento à vista e apenas 10 parcelas, com desconto de 80% dos juros e multa. Neste caso, tem que pagar a dívida inteira e perde 20% de desconto sobre as multas e juros.
A medida ao que parece vai ajudar bem pouco aqueles comerciantes e profissionais que estão na sua maioria devendo no banco, além de atrasos em despesas da família, como escolas, e até contas de água. Não seria melhor um pássaro não mão do que dois voando? Traduzindo: a Prefeitura poderia parcelar em 36 meses e receber no atual governo mesmo. Melhor ainda, com uma visão de gestor e estadista, parcelar em 60 a 180 meses e aumentar o valor mínimo da parcela.
Com certeza vai arrecadar mais do que com o atual parcelamento. Isso em valores mensais. É como a velha história do imposto único, que evitaria muito da sonegação, por exemplo, aumentando a arrecadação, como já defendeu em tempos passados o atual presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende, quando presidia a Acim. Entidades nacionais fizeram vários cálculos e chegaram à essa concluso de melhoria no montante arrecadado. Mas a questão agora é de inadimplência mesmo. Os empreendedores não terão como pagar por essa renegociação e o prefeito vai ver isso no dia 2 de abril.
