Conforme denúncia que recebemos com fotos que registram filas e superlotação dos ônibus do transporte público coletivo de Marília, dá pra ver o descaso total dos governantes daqui. Seria o caso de os vereadores também circularem um pouco mais a cidade, e todos os políticos não só em época de eleições, para verem o sofrimento do povo. Povo que os sustenta, por sinal.

A Prefeitura é a primeira que deveria dar o exemplo e manter uma rígida fiscalização no Terminal Urbano. A Secretaria da Saúde vem desenvolvendo um ótimo trabalho desde o início da pandemia doa Covid-19 mas não dá conta de tudo. Não tem braços e nem pernas para a cidade toda. O prefeito e vereadores, que andam de carro, também podem até não saber o que está acontecendo em toda a cidade e especificamente nesse tipo de aglomeração.
Mas a partir da revolta e denúncia de trabalhadores feitas para a Revista D Marília I News Interativa, não podem mais falar que agora não sabem do problema. E o Ministério Público também. Pode muito bem agir em defesa dos mais desprotegidos, que não podem lutar com as grandes empresas de ônibus coletivos. Entendemos que toda empresa precisa ter lucro. Mas em época de pandemia já é demais. Deveriam sim colocar mais ônibus nos horários de pico.

Está na hora das empresas de ônibus devolverem um pouco dos milhões e milhões que lucraram e ainda vão lucrar às custas dos pobres trabalhadores de Marília. São empresas que mesmo com o Ministério Público em cima apresentam uma planilha que querem e fica por isso mesmo. Portanto, já é hora de lucrar um pouco menos e contribuir para a contenção da pandemia e mortes na cidade.

Atenção prefeito Daniel Alonso! Não queremos exagerar, mas se nada for feito doravante, poderíamos considerar a palavra “genocídio” para o que estão fazendo com esses pobres trabalhadores. Esperamos que não chegue a isso. Sabemos que os prefeitos têm dificuldades em controlar empresas de ônibus talvez não só aqui, mas Brasil afora.

Não sei porque seus representantes, dos coletivos, são recebidos com pompa nos gabinetes de muitos municípios. Mas isso é outro caso e esperamos que não ocorra em Marília. Mas o prefeito há de concordar, ao ver as imagens dos ônibus superlotados em plena pandemia e falta de leitos de UTI em hospitais, que a imagem reflete a comparação popularmente falada de “sardinhas enlatadas”.

E o trabalhador mariliense não merece essa comparação, muito menos passar todos os dias por esse gritante descaso e perigo. O prefeito, Ministério Público e vereadores devem achar uma solução semana que vem, bem como as próprias empresas de ônibus. Assim esperamos. Afinal, também têm eleições para deputados e deputadas ano que vem. E o povo está cansado.

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A VERGONHOSA SUPERLOTAÇÃO DOS ÔNIBUS