O CEO da Petrobras escolhido por Lula, Jean Paul Prates empregou um ex-sócio entre seus assessores na estatal. Para fazer parte da equipe, o dirigente também escolheu aliados, sindicalistas e um ex-colega de escola. De acordo com o jornal O Globo, Sérgio Caetano Leite foi indicado por Prates para o cargo de CFO da estatal. No passado, ele e o atual CEO da Petrobras eram sócios na Expetro, uma consultoria ligada ao setor de petróleo, fundada em 2003 — primeiro ano de mandato de Lula. Leite também atuou como subsecretário do Consórcio Nordeste, enquanto o colega foi senador pelo Rio Grande do Norte. E a esposa dele, Fernanda Hauptli Caetano Leite, era assessora parlamentar de Prates no Senado.
Para a Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Prates indicou Carlos Augusto Barreto. Os dois estudaram na mesma turma do Colégio São Bento, em 1985 — uma das escolas mais tradicionais do Rio de Janeiro
Entre os aliados está Clóvis Correa da Silva Neto, funcionário de carreira que dirigiu um parque eólico da companhia no Rio Grande do Norte. Prates fortaleceu esse setor quando dirigiu a Secretaria de Energia do governo potiguar.
A lista de assessores também inclui João Paulo Madruga, Pedro Henrique Bezerra e Wagner Cabral, que já foram assessores do gabinete de Prates no Senado. Completam a listagem Maurício Tolmasquim, ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia do primeiro governo Lula; Cláudio Pinho, advogado especializado no setor; e Danilo Ferreira Silva, dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que fez parte do Conselho de Administração da estatal no governo Dilma Rousseff.
Durante a campanha presidencial, a FUP pediu que Lula fizesse mudanças incisivas na política de preços da estatal. Recentemente, o órgão cobrou publicamente o presidente a “assumir o controle da Petrobras”. Além disso, fora do âmbito da assessoria da presidência, Prates decidiu nomear Sérgio Bacci para o comando da Transpetro. A empresa possui uma frota com 36 navios, e Bacci é o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore. Assim, ele passou de representante dos fornecedores para contratante dos serviços.
(Com: Revista Oeste)