Os vereadores da Câmara Municipal de Marília bem que poderiam colocar a cabeça para pensar um pouco mais e, ao invés de fazerem a contratação de uma construtora para fazer o novo prédio e pagar aluguel, que deve ficar alto porque a empresa que construir vai ter seu lucro também, poderiam buscar recursos para financiamento no mercado ou principalmente junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), com carência e juros baixíssimos.
Afinal, até obras em diversos países o banco financiou no passado, inclusive um jatinho particular para o apresentador global Luciano Huck, dificilmente iria negar para o Legislativo Mariliense. Sem falar no bom trânsito que o presidente Marcos Rezende tem com políticos de Brasília e São Paulo, o que facilitaria a negociação.
Com um orçamento anual superior a R$ 18 milhões previsto para este ano, a Câmara economizaria e muito com essa medida, e pagaria já pelo que é seu. Apesar de pretender fazer pela modalidade ‘built to suit’, em que a empresa contratada construirá um prédio sob medida especialmente para atender as necessidades da Câmara, nos tempos tecnológicos de hoje a própria Câmara pode contratar diretamente, por licitação, é claro, uma empresa para apresentar projeto arquitetônico e outra para execução da obra.
Já vai ter um orçamento prévio da obra, uma vez que o terreno é próprio, e poderá assim levantar os recursos junto ao BNDES, por exemplo. Vai sair justamente dentro das necessidades do Legislativo e muito mais barato do que pagar aluguel por anos. Não estamos comparando, mas erros assim comete o município há anos com aluguel de prédios, sendo que já gastou milhões e milhões de reais, valores que por alto daria para ter construído mais de uma nova e completa Prefeitura. Tudo organizado num lugar só, com facilidade na administração e redução de tempo e gastos em locomoção.
Até mais de uma super Prefeitura daria para ter sido feita nos últimos 40 anos com o gasto em dinheiro de aluguel. E, por isso, o problema continua. Dá-lhe aluguel. Não dá para comparar de imediato, mas medida errada possivelmente similar cometeu o DAEM, em más gestões do passado, quando na gestão pagou pelo poço da empresa Águas de Marília, segundo o portal de transparência Matra, mais de R$ 190 milhões, que ao invés de um, daria para construir “45 poços profundos” na cidade. Uma aberração de maus feitores que deveriam estar na cadeia pela imoralidade do ato.
Mas no caso da Câmara, o presidente Marcos Rezende está correto da necessidade de um novo prédio. O atual de bom só tem a localização. Falta estacionamento e espaço para funcionários e gabinetes, além de ser inseguro. Além disso, realmente o espaço pode ser útil para a Prefeitura. É apenas a questão de ficar pagando aluguel por décadas até ter o prédio, quando pode ser mais barato e de imediato, como prevê a obra em um ano. Se demorar mais alguns meses pelo processo junto ao BNDES, pode valer muito a pena para os contribuintes. É de se pensar…