Mais uma promessa não cumprida. O prefeito Daniel Alonso já enviou para a Câmara Municipal e foi protocolado esta semana o projeto de venda do Daem, Departamento de Água e Esgoto de Marília, para a iniciativa privada. O negócio vai envolver centenas de milhões de reais. Porém, o Ministério Público vai permitir a venda? Isso porque se trata de um “estelionato eleitoral”, uma vez que ele registrou em Cartório compromisso de que não venderia o Daem e muitos eleitores votaram nele com base nisso. Pior ainda é a justificativa e prováveis mentiras que a venda vai beneficiar os funcionários. Sem falar que na iniciativa privada, que vive de lucro, é claro, a sua conta de água e esgoto pode até triplicar. É como ocorre com o transporte público há anos em vários lugares. A tarifa está, por exemplo, em R$ 5,00, a empresa pede pra subir para R$ 15,00, o acordo é feito e muitos prefeitos, “generosos com o povo”, só autorizam subir para R$ 9,50. Sem falar no que ocorre nos bastidores para isso. Além disso, no caso do Daem em Marília, com vários vereadores subservientes ao prefeito (dá-se para isso o nome bonito de “base aliada”), vão aprovar a venda, é claro. Mas para isso terão que ser bem convencidos da necessidade. Na justificativa o prefeito fala ainda que o Daem dá prejuízo. Mas na campanha eleitoral ele não falava isso. Pelo contrário, iria modernizar tudo e outras falácias mais. Se não dá lucro é porque está sendo muito mal administrado. Em algumas gestões o Daem deu lucro ou pagou as contas. Agora dá prejuízo. Conta para outro. A questão é que se a sociedade mariliense não se mobilizar, vai permitir que o patrimônio público seja jogado fora. E ainda pagar uma conta muito cara por isso. Mas a pergunta que não quer calar: por que a venda do Daem é o sonho administrativo de vários prefeitos? Confira o vídeo dele mentindo para você!
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