Merendeiras que atuam em 38 escolas estaduais de Marília declararam estado de greve após assembleia realizada na manhã desta terça-feira (10) ao lado do Espaço Cultural “Ezequiel Bambini”, no centro da cidade.
As profissionais alegam falta de recebimento dos salários após o último 5º dia útil deste mês. Caso o impasse não seja resolvido em 72 horas – até a manhã desta sexta (13) – a greve será deflagrada de vez.
TERCEIRIZADAS / Embora trabalhem para o estado, as merendeiras prestam serviços como terceizadas. Todas são funcionárias de uma empresa contratada pela Prefeitura de Marília.
Os recursos vêm do estado que, por sua vez, repassa ao município. É pela gestão local que sai o dinheiro que chega à prestadora de serviços e, por fim, às merendeiras.
ATRASOS? / Segundo apurou o JDM, o problema estaria no repasse entre prefeitura e empresa. A administração nega. “O pagamento está em dia”, afirmou, em nota.
Segundo áudio enviado ao JDM por uma merendeira, que não quis se identificar, o atraso teria se dado porque a empresa ainda não teria recebido o repasse.
A contratada é a Soluções Serviços Terceirizados Eireli. Sediada em São Paulo, a empresa atua em vários estados do país. Em Marília, presta o serviço de merenda desde 2014.
A empresa não havia se manifestado sobre o impasse sobre o pagamento das merendeiras até o fechamento desta versão em PDF do JDM, no final da tarde desta terça-feira (10).
BOLACHA E LEITE / Apesar da paralisação, incialmente parcial das merendeiras, as aulas nas escolas estaduais de Marília seguem nornalmente.
Enquanto não receberem nenhuma satisfação da falta de pagamento e, principalmente, o depósito dos atrasados, elas servirão apenas bolacha e leite aos estudantes. Caso não haja avanço, cruzarão os braços de vez.
A Secretaria de Estado da Educação informou que caso as atividades sejam interrompidas pelas merendeiras “todas as medidas adminstrativas serão tomadas”. “É importante ressaltar que os alunos não ficarão sem alimentação, já que será oferecida a merenda não manipulada”,afirmou, em nota.
“A administração regional está à disposição dos pais ou responsáveis para quaisquer esclarecimentos”, concluiu o estado.