Foto: Reprodução/TV Globo

Às vésperas do primeiro turno da eleição municipal, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) enfim admitiu que a Venezuela é uma ditadura.

“Um regime que persegue opositor, que faz eleição sem transparência, parra mim não é democrático, e ponto”, afirmou Boulos em entrevista à TV Globo.

Questionado pelo apresentador Alan Severiano, do SP1, se a Venezuela “é uma ditadura”, ele respondeu:

“Lógico, é um regime ditatorial.”

Durante a campanha, Boulos vinha relutando em classificar o regime controlado por Nicolás Maduro como ditadura.

No debate da Band, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) chegou a dizer que o deputado do PSOL deveria ser “prefeito em Caracas” em função da leniência dele com Maduro.

A mudança de postura de Boulos


Em sabatina na Jovem Pan, em 11 de setembro, Boulos havia dito que “um regime que tem uma eleição sem transparência e que manda prender opositores não é um regime democrático”.

Na ocasião, no entanto, ele não chegou a usar os termos “ditadura” ou “regime ditatorial”.

Em 2018, quando foi candidato à Presidência da República, afirmou que “a Venezuela não é uma ditadura”.

“A Venezuela não é uma ditadura. Teve o seu governo eleito. [Cuba] Não é uma ditadura. Aliás, teve eleições recentemente [em] que elegeu um novo presidente.”

Boulos, Lula e a ditadura venezuelana


Embora Boulos tenha reconhecido que a Venezuela é “um regime ditatorial”, o presidente Lula (PT), seu principal apoiador na campanha eleitoral em São Paulo, tenta fugir do tema.

Como mostramos, o petista ignorou o país vizinho em seu discurso na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, enquanto outros líderes da região, como Gabriel Boric, do Chile, e Javier Milei, da Argentina, condenaram a ditadura de Nicolás Maduro.

 O Antagonista 

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Em busca de votos, Boulos finalmente reconhece que a Venezuela é uma ditadura