Visando atender as expectativas da maioria, a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marília resolveu ouvir a opinião dos comerciantes da região central da cidade, quanto ao período ideal de quatro horas, para atendimento público, conforme o Decreto Estadual que regulamenta o Plano São Paulo do Governo do Estado de São Paulo, que determina a fase e a forma de comportar do varejo em geral. “Houve interesse de alguns em mudar o período, mas o importante é verificar o que pensa a maioria”, disse o presidente da entidade associativa, Adriano Luiz Martins que procurou os comerciantes da região central e constatou que 65,8% dos entrevistados preferem o período da 10 as 14 horas. “Não é só uma questão de verificar a condição do consumidor, mas da loja do ponto de vista empregatício e de logística”, disse o dirigente que acrescentou os conflitos de horário com o setor industrial, principalmente.
Dos quase 100 associados ouvidos, as opções eram os seguintes períodos: das 9 as 13 horas; das 10 as 14 horas e das 13 as 17 horas. O primeiro período contou apenas com 15,2% de preferência, enquanto que o segundo período com a maioria, de 65,8% e o terceiro período com apenas 20,3%. “Talvez para o consumidor seja complicado o período das 10 as 14 horas, em razão das atividades domésticas, porém, o objetivo é a não aglomeração e nos outros dois períodos, certamente haveria o congestionamento de pessoas no transporte público, por exemplo, com maior concentração de pessoas indo e vindo”, argumentou o superintendente da associação comercial, José Augusto Gomes, que considerou válida a pesquisa como forma de embasamento do interesse da maioria.
Para o presidente da associação comercial qualquer um dos períodos é ruim, afinal, se a ideia é não aglomerar, quanto maior o período menor a concentração de consumidores nas lojas. “Devemos trabalhar para a conscientizar a população e conquistarmos a fase verde, que acaba com esse problema limitador”, defendeu o dirigente a insistir, novamente, de que o retrocesso na classificação da cidade no Plano São Paulo pela segunda vez não é por conta do comércio. “Comerciantes, comerciários e consumidores estão vigilantes as normas de proteção”, garante o dirigente da associação comercial ao sugerir que a população esteja atenta e denuncie para a Vigilância Sanitária Municipal de Marília, através do número telefônico (14) 3402-6500, de qualquer irregularidade por parte daqueles que não estão cumprindo a determinação legal. “O comércio é o maior prejudicado com tudo isso, e sendo desta maneira, que passemos a exigir fiscalização onde é preciso e que vem causando a elevação do contágio”, defendeu Adriano Luiz Martins ao apontar as festas, reuniões sociais e atividades de entretenimento, principalmente, nos finais de semana pela região periférica da cidade.
A durabilidade do período de funcionamento das lojas de inicialmente 4 horas e posteriormente de 8 horas nas fases amarela e verde, são determinadas pelo Decreto Estadual. “Precisamos cumprir o que determina a lei, e neste caso de quatro horas, o melhor para o varejo é o período das 10 as 14 horas”, constatou o presidente da associação comercial ao ouvir os comerciantes e as autoridades sanitárias. “Vamos trabalhar para ampliar o período para oito horas, que não teremos mais este problema”, defendeu ao colocar-se a disposição dos comerciantes para a realização de qualquer tipo de pesquisa de interesse da categoria. “Nada mais justo ouvir aqueles que são afetados diretamente pela quarentena”, afirmou.