
As fraudes financeiras estão se tornando um desafio crescente para o setor financeiro global, trazendo riscos que vão além das perdas monetárias. Esquemas sofisticados, como golpes de Pagamento por Push Autorizado (APP), fraudes de identidade sintética e redes de “mulas”, estão pressionando as instituições financeiras a melhorar suas defesas contra fraudes digitais. A transformação digital, acelerada pela pandemia, trouxe novos métodos de pagamento, mas também aumentou os riscos associados.
As operações bancárias e os pagamentos estão sob ameaça constante, colocando em risco não apenas as receitas, mas também a confiança fundamental nas instituições financeiras. Com fraudadores explorando todos os pontos de vulnerabilidade nas transações, as instituições devem adotar estratégias inovadoras e colaborativas para garantir a segurança sem comprometer a conveniência.
Quais são os principais tipos de fraudes enfrentados pelas instituições financeiras?
O setor financeiro enfrenta diversos tipos de fraudes, cada uma com suas particularidades e desafios. Entre as mais comuns estão as fraudes de Pagamento por Push Autorizado (APP), onde criminosos manipulam indivíduos para transferir dinheiro para contas fraudulentas.
Outro tipo preocupante é a fraude de identidade sintética, onde criminosos combinam dados pessoais reais e fictícios para criar identidades falsas. Estima-se que as perdas globais com esse tipo de fraude estejam próximas de US$ 40 bilhões. Além disso, a complexidade de detectar fraudes no início da jornada do cliente é um desafio significativo, especialmente devido à natureza global do crime financeiro.
Como a colaboração pode ajudar a combater fraudes financeiras?
A colaboração entre instituições financeiras e entre diferentes setores é uma das estratégias mais eficazes para combater fraudes. Organizações criminosas são altamente conectadas, permitindo que implementem golpes em grande escala. Para enfrentar esse desafio, as instituições financeiras podem trabalhar juntas, criando ecossistemas de defesa robustos.
Um exemplo disso é a iniciativa do Banco Central do Brasil, que estabeleceu o compartilhamento de informações sobre fraudes entre bancos por meio da Resolução Conjunta nº 6, de 2023. Redes de inteligência colaborativa permitem que instituições compartilhem insights anônimos sobre sinais de risco, ajudando a prevenir golpes e proteger a comunidade financeira.
Qual é o papel da tecnologia na prevenção de fraudes?
A tecnologia desempenha um papel crucial na prevenção de fraudes no setor financeiro. Avanços em Inteligência Artificial (IA) e inteligência comportamental estão aprimorando as capacidades de detecção e prevenção de fraudes. Essas tecnologias permitem que as instituições identifiquem padrões e anomalias que poderiam passar despercebidos por verificações convencionais.
A análise orientada por IA tem se mostrado eficaz na detecção de identidades sintéticas, examinando atributos como comportamento e uso de dispositivos. Além disso, a inteligência digital e comportamental, juntamente com a vinculação de dispositivos, ajudam a autenticar identidades de usuários de forma passiva, aumentando a segurança sem comprometer a experiência do cliente.
O futuro da segurança em pagamentos financeiros
Proteger o processo de pagamentos é essencial para mitigar fraudes. Com o volume global de pagamentos instantâneos previsto para atingir US$ 58 trilhões até 2028, as instituições financeiras enfrentam pressão crescente para defender seus sistemas de pagamentos em tempo real. A adoção de soluções antifraude abrangentes pode reduzir significativamente as perdas.
Instituições que combinam inteligência de ameaças, estratégias de autenticação alternativas e análise transacional aprofundada conseguem obter pagamentos mais seguros e protegidos. A capacidade de competir no setor financeiro depende da proficiência em combater fraudes e adaptar-se rapidamente aos riscos emergentes, integrando tecnologia avançada e colaboração para enfrentar redes de fraude cada vez mais sofisticadas.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário do Brasil