*Por Dr. Flávio Zambom
Cada vez mais vemos os empresários Chineses em território Brasileiro a fim de aqui empreender, mas tal mister causa preocupação dada a ausência de confiabilidade e segurança nestes
O mercado mundial de investimentos aponta para o Brasil como uma nova fronteira fértil para recebê-los, sendo que o mais agressivo e visível são os empresários chineses, que em todo nicho de mercado encontramos suas participações acionárias e tomada de pontos estratégicos em nosso País.
Temo que os mesmos (juntamente com os demais asiáticos) estão verdadeiramente propensos a invadir o agronegócio, onde não deixarão vantagens para os brasileiros.
Abrangendo mais o tema, temos a invasão em mercados que, digamos, serem estratégicos, como setor energético, de logística e transporte (seja terrestre, ferroviário ou aéreo), de portos e aeroportos, correspondências. Enfim, uma gama muito grande de mercados que praticamente, sua paralização ou alterações de preço acabam por influenciar diretamente sobre nosso País.
Não há dúvida que, por exemplo, mas não se limitando, no setor do agronegócio já são proprietários de extensas áreas rurais, de transportes destas mercadorias e embarques delas e seremos para eles um verdadeiro quintal para seus deleites.
E, caso contrário, poderão impor aos brasileiros preços mais caros de produtos, de sua industrialização e transporte, tornando assim insustentável aos empresários brasileiros terem para si uma operação sadia e rentável, enquanto que irão fomentar e ajudar suas empresas de vários mercados a contribuir com preços melhores quando do interesse deles.
Isso, desde já chama a atenção e há de ser pensado e pontuado seriamente por nós, brasileiros.
Mas o problema não para por aí, eis que mais ardil ainda o é quando as propostas são de parceiras, onde os estrangeiros chineses vêm, aportam valores, usam os brasileiros como sócios e após determinado tempo, quando aprendem e sabem da integralidade da operação local, passam a se locupletar da operação como um todo, afastando os brasileiros e sequer indenizando os mesmos de tais atos sem justificativa jurídica ou financeira válida.
Isso está ocorrendo com frequência em diversos mercados, mas podemos expor o caso de uma das maiores montadoras de veículos da China, a FOTON. Ela pactuou com empresários brasileiros para a abertura do seu mercado aqui. Tudo pronto, mais de dez anos de trabalho, operação em funcionamento com mais de 5% de participação do mercado em que atua, mais de trinta concessionários abertos no País, rede de reposição de peças, garantias e tudo mais, quando os chineses, sem qualquer razão, passaram a abrir rede paralela, com venda de veículos direto aos concessionários por outra empresa e sem respeitar a que até então estava em funcionamento. Se apoderaram da integralidade das operações e literalmente afastaram os brasileiros. Repito, sem qualquer justificativa válida, única e exclusivamente por não necessitar mais dos brasileiros e, como são detentores do poder financeiro, tomaram a operação por completo, deixando ao grupo brasileiro enorme prejuízo nos investimentos que fizeram.
Este é o gabarito que os chineses têm para conquistar o que deseja. Isto porque entendem que o Brasil é um quintal deles para fazerem o que quiserem.
Possuem empréstimo de bancos estatais chineses em grande escala e com juros mínimos, menores e muito aos praticados pelo nosso BNDES, com prazos de pagamento extremamente longos.
Novamente sugiro, em poucas palavras, que nós, brasileiros, passemos a tomar mais conta do nosso País, com proteção ao nosso equilíbrio financeiro e produtivo, sob pena de virarmos empregados deles muito em breve.
Seria o caso de prestar mais atenção à referido tema, bem como todas as entidades ligadas deveriam se aproximar do assunto para enriquecer a discussão e impedir que sejamos superados pelo poder econômico de agora e do futuro, eis que, caso ocorra esta invasão em nosso País nos tornaremos eternamente. subordinados aos chineses.
Dr. Flávio Zambom
Advogado – Direito Empresarial e do Agronegócio