O foguete Angara-5, de origem russa, foi lançado do Cosmódromo de Vostochny, na Rússia, entre os dias 5 e 11 de abril. A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), acompanhou de perto o evento, com foco especial na possível reentrada do terceiro estágio do foguete no espaço aéreo brasileiro.
Segundo informações da Revista Sociedade Militar, FAB e Reuters, após o lançamento, o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) foi notificado sobre a possibilidade do motor de propulsão do Angara-5 reentrar no Oceano Atlântico, numa área sob jurisdição brasileira e sul-africana.
Para garantir a segurança das operações aéreas na região, um Aviso aos Aeronavegantes (NOTAM) foi emitido como medida de precaução. Este monitoramento é parte das operações regulares da FAB para manter seguros os espaços aéreos sob sua jurisdição contra objetos espaciais que reentram na atmosfera terrestre.
A FAB, juntamente com outras entidades globais de monitoramento espacial, está preparada para identificar possíveis áreas de impacto e emitir os alertas necessários, mesmo que a maioria desses objetos se desintegre em altitudes elevadas.
O lançamento do Angara-5 faz parte dos esforços da Rússia para desenvolver novos veículos de lançamento e manter sua posição como uma potência espacial. Apesar de desafios técnicos que levaram a adiamentos anteriores, o foguete conseguiu colocar com sucesso uma carga de teste em órbita baixa.Anuncios
O motor de propulsão caiu no Oceano Atlântico sem representar riscos às operações aéreas ou marítimas na região. Este evento ocorreu em paralelo à celebração do Dia do Cosmonauta na Rússia, uma data histórica que homenageia o primeiro homem no espaço, Yuri Gagarin.