A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) divulgou uma nota nesta quarta-feira, 20, em que se posicionou contra a decisão do Carrefour francês de vetar a comercialização de carne proveniente dos países do Mercosul.A nota expressou o pesar da organização em relação à declaração do CEO da rede, Alexandre Bompard, que anunciou a medida em resposta às pressões de produtores locais.
Em comunicado oficial, o Carrefour informou que passaria a excluir da sua oferta toda carne originária dos países do bloco.
Essa decisão gerou uma série de reações. A Apex-Brasil, por sua vez, enfatizou a importância do Brasil como um dos maiores produtores de alimentos do mundo. A organização também destacou o papel essencial do país na segurança alimentar de diversas nações.
“Entendemos não haver motivos razoáveis para restrições à carne produzida no Mercosul”, disse a agência. “Seguimos os mais rigorosos padrões sanitários e ambientais, que garantem sua qualidade em todas as operações de venda de proteína brasileira ao exterior.”
A declaração de protesto refutou as alegações dos produtores franceses, que levantaram questões sobre os padrões ambientais, sociais e de saúde das carnes originadas no Mercosul.
Apex afirmou que as acusações contra a carne brasileira e a dos países vizinhos precisam de fundamento
Em sua nota, a Apex destacou que as acusações contra a carne brasileira e a dos países vizinhos carecem de fundamento. Além disso, a organização ressaltou que essas alegações refletem uma postura protecionista. Por fim, a mensagem fez um apelo para que as suspeitas fossem prontamente rechaçadas.
“É preciso que sejam rechaçadas as suspeitas infundadas e de viés protecionista lançadas sobre a carne do Brasil e dos demais países do Mercosul”, conclui a nota.
A controvérsia ocorre em meio a intensos protestos na França, com agricultores locais que se manifestaram contra a possibilidade de um acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
Os produtores franceses temem que a chegada de produtos do bloco sul-americano possa gerar concorrência desleal. Os protestos, que já entraram no terceiro dia, evidenciam a resistência dos agricultores ao que consideram uma ameaça à agricultura nacional.
Fonte: Revista Oeste
Fonte Diário Brasil Noticias