Foto: Wikimedia

Larry Sanger, o cofundador da Wikipédia, escreveu um longo artigo em seu blog para declarar aos seus leitores que não é mais agnóstico, ideia a qual permanceu abraçado por 35 anos. Ele contou que se converteu ao cristianismo.

Formado em Filosofia, Sanger explicou que sua formação e seu campo de atuação é dominado por ateus e agnósticos e que seguiu assim, sempre sendo mais cético nesses assuntos, porém sem se tornar um “inimigo da fé”.

No texto, o filósofo conta que sua família é de tradição luterana e que ele cresceu na igreja, mas perdeu a fé na adolescência e o estudo de Filosofia o fez mudar de vez sua vida religiosa.

– No final da minha adolescência, eu — agora um jovem cerebral e nerd — passei a ser movido por uma cadeia de raciocínio cético – disse ele em parte do texto, após contar que chegou a fazer várias perguntas para um pastor, mas não obteve as respostas que precisava.

Na faculdade e na pós-graduação, Sanger passou a ter mais contato com filósofos descrentes e isso foi tornando-o cada vez mais cético, até que se sentiu totalmente agnóstico, pensamento este que passou a divulgar quando se tornou professor.

Em 2010, Sanger fez questão de ensinar a Bíblia para seus filhos, por considerar as Escrituras Sagradas como “o livro mais influente da História” e, assim, enquanto lia para eles, algo começou a acontecer com ele.

– Meu pensamento sobre moralidade evoluiu – disse ele, e explicou que passou a fazer análises filosóficas críticas sobre a sociedade ocidental e seu declínio cultural, percebendo então que há uma ligação com o declínio da religião.

Mas só anos mais tarde, enquanto publicava uma série de artigos relacionados a Deus, fé e moral, que Sanger foi criando conexões entre a Filosofia e o cristianismo até que seu ceticismo foi sendo vencido.

– Enquanto antes eu era apenas cético e frio em relação ao cristianismo, agora me sentia aquecido em relação a ele. Eu cheguei a aprová-lo moralmente — não era apenas tolerável, mas positivamente agradável – disse.

Foi então que em 2019 Sanger voltou a ler a Bíblia, mas agora para si mesmo. Dessa maneira, a leitura noturna, antes de dormir, se tornou algo obsessivo a ponto dele procurar planos de leitura até mesmo em aplicativos. Isso o fez ver o Livro Sagrado como algo mais interessante e coerente e logo foi aprendendo a orar, para só depois resolver ir à igreja.

Hoje, o filósofo não só acredita em Deus, como também reconhece a Bíblia como “a palavra inerrante de Deus”. Sanger ainda tem um grupo de estudo bíblico e está trabalhando em um projeto para falar sobre a existência de Deus.

Fonte: Pleno News

Fonte Diário do Brasil

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Após anos de ceticismo, cofundador da Wikipédia se converte ao cristianismo