As ações de Petrobras e Prio não paravam de cair nesta segunda-feira (08). Às 13h13, PRIO3 e PETR3 eram as maiores baixas do Ibovespa (IBOV), com -2,78% e -2,43%, respectivamente. Na sequência, PETR4 e PetroReconcavo (RECV3) recuavam 2,07% e 1,85%.
O motivo da queda é a queda notável do petróleo. No mesmo horário, a commodity West Texas Intermediate (WTI) caía 4,17%, cotada a US$ 70,73, enquanto o Brent, referência para a Petrobras, recuava 3,57%, a US$ 75,95.
Todos esses eventos são respostas aos recentes acontecimentos no Oriente Médio. Três países são fatores-chave para entender as novas mudanças: Arábia Saudita, Líbia e Irã.
Principal fator para o recuo nas ações de petrolíferas brasileiras, a Arábia Saudita reduziu os preços do barril do Arab Light, exportados para a Ásia, ao nível mais baixo em 27 meses. Essa decisão foi tomada em um contexto de preocupação com oferta e demanda, se mantendo na média de Omã/Dubai.
Na Líbia, a National Oil Corporation (NOC) interrompeu no domingo a produção do maior campo de extração de petróleo do país, de Sharara, que pode produzir até 300 mil barris por dia. Isso ocorre após os protestos de cidadãos contra a falta de combustíveis, que estavam presentes na região do campo.
O caso do Irã também é influenciado por outro país: a China. As exportações de petróleo para o gigante asiático diminuíram significativamente nos últimos tempos, em resposta a um aumento nos preços para os compradores chineses.
No começo, havia um desconto de US$ 10 por barril para o petróleo Brent, agora a diminuição foi alterada para entre US$ 5 e US$ 6.
Com um conflito que não parece ter fim, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a guerra entre Israel e Hamas poderia se alastrar por mais países. Isso poderia influenciar no preço do barril de petróleo, já que os maiores produtores estão no Oriente Médio, em contato com Israel e Palestina.