
Com a autorização de familiares, a CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da Santa Casa de Marília realizou nova captação de múltiplos órgãos, no dia 30 de agosto.
Paciente de 41 anos, que sofreu politraumas e estava internado na unidade hospitalar filantrópica mariliense desde o último dia 24 de agosto, foi o doador. Ele vinha recebendo todos os cuidados da equipe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) III da Santa Casa de Marília, porém, teve a morte encefálica dele confirmada no dia 29 de agosto.
“Agradecemos o apoio da UTI III, que não mediu esforços, promovendo todos os cuidados de terapia intensiva, inicialmente com as tentativas de restabelecimento do paciente e depois, quando constatada a morte encefálica dele, fazendo todos os procedimentos necessários, importantes para manter o potencial doador de múltiplos órgãos. Tudo isso só aconteceu com o aval da família, após abordagem da nossa equipe multiprofissional”, destacou a coordenadora da CIHDOTT da Santa Casa de Marília, Marisa Stradioto.
Equipe de hospital de São Paulo esteve em Marília no dia 30 de agosto para participar da captação dos órgãos, com a retaguarda de avião cedido pela FAB (Força Aérea Brasileira), para que fosse possível efetuar a tempo os transplantes posteriormente. Outra equipe de São José do Rio Preto acompanhou os procedimentos, além de profissionais de hospitais de Marília.
Após a constatação da morte encefálica, seguindo todos os protocolos exigidos pela legislação vigente e sob a supervisão da OPO (Organização de Procura de Órgãos), foram captados: coração, pulmões, rins, ossos e globo ocular (córneas).
É importante ressaltar que a Central de Regulação de Transplantes determina o destino dos órgãos doados e os nomes dos receptores são mantidos em sigilo.
No último dia 26 de agosto, familiares de paciente de 24 anos com adenoma hipofisário, que evoluiu para isquemia cerebral difusa e, posteriormente, acabou com morte encefálica constatada, já tinham autorizado a doação de múltiplos órgãos.
Em ambos os casos foram feitos corredores humanos em homenagem ao doador e aos familiares deles e quando das passagens dos corpos pelo referido corredor do hospital, todos os profissionais envolvidos fizeram uma salva de palmas