Óleo está associado à melhora de níveis de aprendizado e memória em pessoas com síndrome de Down
Pesquisadores do Centro de Alzheimer em Temple, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta importante sobre os benefícios do azeite de oliva: ele pode retardar o declínio cognitivo em pessoas com síndrome de Down.
Testes em camundongos mostraram melhora nos sinais de aprendizado e memória, além da diminuição de sinais associados à doença de Alzheimer.
Medicina já aumentou expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down
A Síndrome de Down é uma forma comum de condição física e intelectual induzida geneticamente. Como lembrou o Medical Xpress, a medicina já encontrou formas de prolongar a expectativa de vida dos indivíduos de uma média de 40 para 60 anos.
No entanto, o desenvolvimento de Alzheimer continua presente. Estudos anteriores mostraram que, aos 40 anos, cerca de 50% das pessoas com síndrome de Down manifestam problemas de aprendizagem e memória, associados à presença de um comprometimento cognitivo semelhante ao Alzheimer.
A pesquisa, publicada no início do mês na revista Sage Journals, mostrou que o azeite de oliva pode ajudar nesse sentido.
Como azeite de oliva ajuda a retardar o Alzheimer
Durante cinco meses, os pesquisadores incluíram azeite de oliva na dieta de camundongos com um modelo de síndrome de Down. Após o período, os níveis de aprendizado e memória foram testados, com medições da função sináptica, tecidos cerebrais e outros biomarcadores associados ao Alzheimer.
Veja as conclusões:
- A equipe descobriu que os camundongos que tinham azeite de oliva na dieta apresentaram melhora significativa no processo de aprendizado e memória espacial;
- Além disso, eles tiveram melhora na função sináptica e diminuição de vários biomarcadores inflamatórios associados ao Alzheimer;
- De acordo com Domenico Praticò, presidente do Centro de Alzheimer de Temple e autor sênior do estudo, as conclusões mostram os benefícios do azeite de oliva para pacientes com síndrome de Down;
- Ele destacou que, por enquanto, tratam-se de “efeitos terapêuticos” – e não um tratamento formal.
Vitoria Lopes Gomez / Olhar DIgital
