Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Em 2022, o País detinha 28,3%. Dos 64 milhões de km2 de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram.

Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais.

A Europa detinha mais de 7% das florestas do planeta e agora tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando.

No sentido inverso, a América do Sul, que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4%, e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil.

Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória.

As informações e levantamentos foram apresentados pela últimavez em 2022, há dois anos, por Evaristo Miranda, diretor da Embrapa.  Em 2021 ele foi agraciado com o Troféu Deusa Ceres, como Engenheiro Agrônomo do Ano, pela AEASP. 

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Brasil cresce de 9,8% para 28,3% das florestas mundiais. A Europa detinha mais de 7% e hoje tem apenas 0,1%. A África caiu de 11% para 3,4%. Conheça o Histórico Florestal da Terra