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Os golpes digitais têm se tornado uma preocupação crescente em meio à crescente digitalização das atividades cotidianas. No Brasil, os números ilustram uma realidade preocupante: um em cada quatro cidadãos já foi vítima de algum golpe online nos últimos 12 meses. Este dado, revelado por uma pesquisa do

DataSenado, enfatiza a vulnerabilidade dos brasileiros às fraudes digitais em diferentes formas, incluindo clonagem de cartão, invasão de contas bancárias e diversos tipos de fraudes na internet.

O estudo também destaca a prevalência desses crimes em áreas urbanas, com nove em cada dez vítimas residindo nessas regiões. Este cenário aponta para a necessidade de maior conscientização e medidas de segurança efetivas, especialmente nas cidades onde o acesso à internet e a interação com plataformas digitais são mais intensas.

Quem são as principais vítimas dos golpes digitais no Brasil?

Os jovens de 16 a 29 anos aparecem como as principais vítimas desses golpes, afetando 27% dessa faixa etária. Este grupo, altamente conectado e ativo nas redes sociais e serviços online, frequentemente se encontra exposto a várias formas de fraude digital. Surpreendentemente, os adultos entre 50 e 59 anos demonstram maior resistência, representando apenas 14% dos casos documentados.

Contrariando a expectativa de que idosos seriam mais vulneráveis, apenas 16% deles caíram em golpes. Isso aponta para uma possível conscientização ou cautela maior entre essa faixa etária. Curiosamente, ao examinar o recorte por cor/raça, verifica-se que pessoas pretas, pardas e indígenas são mais suscetíveis a fraudes, representando 57% das vítimas, em relação aos brancos e amarelos.

Qual o impacto da educação e situação socioeconômica na incidência de golpes?

A educação também desempenha um papel significativo na vulnerabilidade a golpes. Pessoas com ensino médio completo compõem o maior grupo de vítimas, totalizando 35% dos ataques. Em seguida, indivíduos com ensino superior e fundamental, completo e incompleto, também aparecem como alvos frequentes.

Além da escolaridade, a condição econômica dos indivíduos influência na suscetibilidade a fraudes digitais. Cerca de 34% das vítimas estão desempregadas ou fora da força de trabalho, e a maioria possui renda de até dois salários-mínimos, indicando que pessoas em situação financeira mais vulnerável podem ser alvos mais fáceis para golpistas.

Questões de gênero e território influenciam nos golpes digitais?

Os dados indicam uma igualdade de gênero na vulnerabilidade a crimes digitais, pois homens e mulheres foram igualmente afetados por essas fraudes. Contudo, a concentração das vítimas em áreas urbanas sugere que a densidade populacional e a alta conectividade são fatores que potencializam a exposição a golpes, exigindo maior vigilância e precauções nos centros urbanos do Brasil.

A pesquisa do DataSenado expõe a necessidade urgente de estratégias de educação digital e políticas públicas que protejam os cidadãos contra a crescente ameaça dos crimes cibernéticos. Compreender o perfil das vítimas é fundamental para o desenvolvimento de campanhas de conscientização eficazes e a criação de soluções que reduzam a exposição aos riscos digitais, garantindo mais segurança na interação com o mundo online.

Fonte: Terra Brasil Noticias

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Ciladas digitais: 25% da população brasileira já caíram em armadilhas online