Quarentena ativa, educadora física explica protocolo que pode ajudar a manter a forma e saúde em apenas quatro minutos.

A neurociência comportamental estuda como o sistema nervoso é capaz de influenciar a vida dos seres humanos em diversas esferas, inclusive em seus hábitos, emoções e decisões. “Quando se trata de alimentação, é o cérebro que percebe os níveis de fome, faz as escolhas da dieta, seleciona as quantidades. É ele também que define o tipo e a intensidade das atividades físicas e que se frustra, desanima e desiste”, coloca o Dr. Nataniel Viuniski, médico nutrólogo, especialista em obesidade e membro do Conselho para Assuntos Nutricionais da Herbalife Nutrition do Brasil.
Segundo o médico, modulado pelos hormônios e neurotransmissores, o cérebro é responsável pelos gatilhos mentais que nos fazem optar por comer mais ou menos e também por nos deixar no sofá ou praticar atividades físicas. “Ele influencia em muitas decisões de maneira inconsciente, por isso não se deve dizer que uma pessoa é preguiçosa ou que ela não tem força de vontade. Mas é preciso entender o funcionamento e a influência deles em nosso comportamento para não cair nessas armadilhas”, reforça.
O hipotálamo é a central do sistema nervoso responsável por coordenar grande parte das funções endócrinas e regular os processos metabólicos, como a fome e a sede, além do gasto energético e a formação de gordura. Ele possui várias ligações com o sistema límbico— o cérebro emocional— que é o sistema de recompensas, mas também está ligado ao sistema endocrinológico. “Portanto, costumo dizer que, quanto melhor treinado estiver o cérebro, melhor será o processo de emagrecimento. Daí a importância de entender esses mecanismos e usá-los a favor de nossos resultados”, fala o médico.
Aprenda mais sobre esses mecanismos e confira as dicas práticas do Dr. Nataniel Viuniski de como gerenciar as mudanças de hábitos para garantir mais sucesso na perda de peso com o apoio da neurociência:

Busque o
Emagrecimento saudável
Ficar muitas horas sem comer, comer pouco e treinar muito e a própria perda de peso impactam o organismo, causando mudanças no perfil hormonal para conservar energia na tentativa de voltar ao peso anterior. O corpo diminui a produção de hormônios e neurotransmissores que reduzem o apetite (leptina) e eleva aqueles que aumentam a fome (grelina). Outros relacionados à saciedade (serotonina) também ficam mais baixos, apenas para citar alguns exemplos desse sofisticado mecanismo.
Daí a importância de fazer uma reeducação alimentar para que o emagrecimento seja sustentável e se mantenha a longo prazo. Por isso, as dietas saudáveis costumam incluir fibras e proteínas magras, que ajudam a saciar por mais tempo, e alimentos com baixo índice glicêmico, o que evita as flutuações na insulina. Isso ajuda a controlar a fome fora de hora e também pode diminuir a vontade exagerada de comer doce.
Manter o sono em dia e uma boa hidratação são outros fatores que, além da alimentação balanceada e de uma rotina de exercícios físicos, ajudam a manter esses mecanismos em harmonia. Portanto, são importantes para a jornada de emagrecimento e de estilo de vida mais saudável.

Fuja dos
“alimentos gatilhos”
Chocolates, sobremesas carregadas de gordura e açúcar, frituras e massas ativam centros cerebrais de recompensa, por isso fica difícil comer um só. Avalie como você funciona sob esses estímulos. Se for o caso, para não correr o risco de cair em tentação, não tenha guloseimas em casa.

Construa
novos hábitos
Basta fazer a matrícula na academia para seu cérebro buscar mil maneiras de fazer você desistir dessa tarefa. O mesmo acontece com a dieta. Isso acontece como uma resposta de defesa da mente a um esforço que o corpo precisa fazer, algo visto como uma “ameaça”. Por isso, lembre-se: diversos estudos indicam que são necessários de 60 a 90 dias para criar um novo hábito.
Ao saber disso, busque maneiras de persuadir a si mesmo e controlar sua rotina. Coloque metas de número de treinos a serem cumpridos por semana e se presenteie ao final de cada mês com uma peça de roupa nova. O segredo é persistir e não desistir.

Use pratos menores
Essa é uma maneira de enganar a mente enviando mensagens de que a quantidade que está ali foi suficiente para preencher o prato e também para saciar sua fome. Lembre-se de mastigar bem e comer com calma. Os neurotransmissores que sinalizam a saciedade são liberados e fazem seu efeito máximo em cerca de 20 a 30 minutos.

Triste ou ansioso?
Tire o foco da comida
Doces e alimentos ricos em carboidratos liberam dopamina e serotonina, neurotransmissores que dão uma sensação de bem-estar. Por esse motivo, costumam ser os preferidos nessas horas. Essas decisões causam uma felicidade momentânea, por isso também são chamadas botton-up, e vêm seguidas por culpa, principalmente em quem está de dieta.
Acontece que existem outras maneiras de liberar hormônios do bem-estar com atitudes top-down, ou seja, com atitudes conscientes. Por exemplo, com exercícios ou uma caminhada no parque. “Existem maneiras de treinar o cérebro e a pensar dessa maneira, traçando metas, desenhando estratégias e tomando atitude saudáveis”, coloca Dr. Nataniel.
Para apoiar essa mudança de mindset, a Herbalife Nutrition oferece por meio de seus Consultores Independentes uma rede de apoio que ajuda milhares de pessoas no mundo inteiro a adotarem um estilo de vida saudável e ativo. Eles não apenas ensinam sobre o uso correto dos produtos da marca, mas também dão dicas que fazem a diferença para elas alcançarem seus objetivos e mudarem seus hábitos por toda a vida.

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Como a neurociência pode ajudar no seu emagrecimento