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A trajetória de Kimbal Musk reúne hortas escolares, fazendas verticais em contêineres e projetos educativos que defendem cultivo local, consumo saudável e agricultura como ferramenta de transformação social contínua
A trajetória de Kimbal Musk reúne hortas escolares, fazendas verticais em contêineres e projetos educativos que defendem cultivo local, consumo saudável e agricultura como ferramenta de transformação social contínua.
Enquanto Elon Musk domina debates globais sobre tecnologia e transporte, o irmão mais novo, Kimbal Musk, segue outro rumo porque vê na alimentação um caminho de impacto social direto. Ele prefere atuar em projetos locais e educativos, aproximando jovens e comunidades da produção de comida fresca.
A escolha nasceu de memórias antigas da infância, quando cozinhar era o único momento em que a família ficava junta, algo que ele repete sempre porque marcou sua vida de forma profunda.
Kimbal ganhou espaço no setor de tecnologia ao vender a Zip2, criada com Elon, mas depois resolveu se dedicar a outra paixão.
Ele deixou o ambiente de startups e mudou-se para Nova York. Queria aprender a cozinhar profissionalmente, e por isso ingressou no International Culinary Center.
Essa transição abriu novas perspectivas. Ele passou a enxergar a comida como elemento social, e não apenas como sustento.
Essa percepção o levou a criar iniciativas voltadas a transformar escolas e comunidades. Ele defende que ensinar crianças a cultivar alimentos pode gerar mudanças que acompanham toda a vida adulta.
Esse raciocínio guia sua atuação desde então, mesmo que às vezes soe simples demais para quem está acostumado ao glamour das tecnoilogias.
Big Green e os jardins de aprendizagem do Irmão de Elon Musk
A Big Green nasceu em 2011 com a missão de levar hortas para escolas públicas. O projeto busca instalar um milhão de jardins verticais e conectá-los ao ensino diário.
A ideia é usar o cultivo como sala de aula, integrando nutrição e agricultura ao aprendizado tradicional.
Segundo Kimbal, essa estratégia é decisiva porque muitas crianças não têm acesso regular a frutas e vegetais frescos.
O projeto também tenta enfrentar a obesidade infantil e estimular hábitos saudáveis. Para ele, qualquer escola, independentemente da renda local, deve ter uma horta ativa.
A Big Green ganhou visibilidade internacional porque une educação e saúde pública de forma prática. Além disso, mostra como pequenas intervenções mudam o ambiente escolar.
Professores relatam maior interesse dos alunos, mesmo daqueles que raramente participavam das aulas convencionais.
Kimbal argumenta que uma horta pode inspirar descobertas. Ele afirma que o consumo de vegetais pode dobrar entre estudantes que convivem com esses espaços.
Não há promessa de solução imediata, mas há um caminho claro de transformação social.
Square Roots e a agricultura urbana
A atuação de Kimbal não ficou restrita às escolas. Em 2016, ele lançou a Square Roots, uma incubadora dedicada a fazendas verticais instaladas em contêineres climatizados.
A operação usa hidroponia e água reciclada, permitindo cultivo urbano de forma eficiente.
A empresa já produziu mais de 120 variedades de frutas, verduras e legumes. O plano é construir uma super fazenda com 25 contêineres e ampliar a produção.
O objetivo é aproximar o alimento do consumidor final, reduzindo etapas largas da cadeia industrial.
Para Tobias Peggs, CEO da Square Roots, cresce a busca por alimentos locais porque muitos consumidores perderam confiança na indústria tradicional.
Ele afirma que o produto colhido em fazendas verticais tem qualidade equivalente ao melhor orgânico produzido em campo aberto.
A empresa destaca metas como produção local, transparência, sustentabilidade e educação. Esses pontos ajudam a reduzir insegurança alimentar, reforçam confiança no sistema produtivo e estimulam novas oportunidades de aprendizado, principalmente entre jovens interessados em tecnologia.
Cada contêiner funciona como laboratório de inovação. Além disso, a estrutura permite controle rigoroso de temperatura e nutrição.
O resultado é previsibilidade, algo difícil de obter em lavouras convencionais, sujeitas ao clima e a longas distâncias.
Da Terra para Marte
Curiosamente, parte da pesquisa da Square Roots dialoga com ambições espaciais de Elon Musk. A ideia de levar fazendas verticais ao espaço já surgiu em estudos ligados ao projeto.
O sistema poderia alimentar astronautas em missões prolongadas e até atender futuras bases em Marte, caso se concretizem.
A conexão entre agricultura urbana e exploração espacial parece distante, mas compartilha um princípio comum.
Ambos os cenários exigem produção eficiente, com uso mínimo de recursos e autonomia completa. Kimbal não coloca isso como foco principal, mas reconhece o potencial.
Esse cruzamento de ideias mostra como os caminhos dos irmãos se encontram, mesmo quando suas metas parecem seguir direções opostas. Elon busca novos mundos. Kimbal aposta no planeta que temos.
Irmão de Elon Musk vê a agricultura como transformação social
Kimbal vê a agricultura como ferramenta de inclusão. Para ele, uma horta pode ensinar responsabilidade, cooperação e cuidado.
Também cria oportunidades para comunidades que raramente participam de projetos inovadores. É um jeito de democratizar conhecimento sem depender de grandes estruturas.
Ele diz que plantar não é apenas produzir comida. É formar hábitos. É construir vínculos. É oferecer acesso a algo que, muitas vezes, fica distante da rotina urbana. Essa mensagem se repete porque é central em seu trabalho.
Enquanto Elon Musk explora limites tecnológicos, Kimbal Musk mantém o foco no cotidiano. Ele acredita que mudanças reais começam perto de casa.
E reforça que um simples jardim pode, sim, iniciar uma revolução silenciosa, linmda e contínua.
com informações de Clickpetroleoegas
Fonte: Diário Do Brasil
