Golpistas estão utilizando uma nova artimanha para obter medicamentos gratuitos pelo programa Farmácia Popular, causando prejuízos milionários aos cofres públicos e impactando a segurança dos dados pessoais dos beneficiários.

O esquema fraudulento envolve o cadastramento de medicamentos em nome de pessoas sem o consentimento delas. Os golpistas, habilidosos, se utilizam de práticas ilícitas como a venda e aluguel de CNPJs de farmácias inativas ou inexistentes para viabilizar a fraude.

Estima-se que entre os anos de 2015 e 2020, o golpe tenha gerado um prejuízo de aproximadamente R$2,5 bilhões. No Rio Grande do Sul, mais de 500 pessoas foram vítimas dessa fraude, tendo seus CPFs utilizados sem autorização.

O modus operandi do golpe é sofisticado, com os golpistas registrando a retirada de medicamentos em nome das vítimas sem que estas tenham conhecimento. Uma “farmácia fantasma” chegou a registrar a retirada de 1,3 mil medicamentos em nome de pessoas prejudicadas.

O Ministério da Saúde está tomando medidas para conter a fraude, intensificando o controle e monitoramento do programa Farmácia Popular. Farmácias suspeitas estão sendo inativadas na tentativa de estancar as irregularidades e prevenir futuros golpes.

Para se proteger, os beneficiários devem verificar se seus CPFs foram utilizados sem autorização. Através da plataforma Meu SUS Digital, é possível consultar todos os registros de medicamentos solicitados com o CPF e bloquear autorizações futuras para retirada de medicamentos, evitando o uso indevido do documento em novas solicitações.

Em tempos de crescente digitalização, é crucial manter vigilância sobre o uso de dados pessoais. A precaução e o monitoramento são essenciais para prevenir fraudes e proteger a identidade dos cidadãos.

Fonte: Coluna Financeira

Compartilhar matéria no
Como ocorre o golpe das farmácias populares? Como se proteger?
Foto: MJ_Prototype/iStockphoto›