Países de todo o mundo estão vivendo o crescimento do envelhecimento populacional. No Brasil existem, aproximadamente, 35 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, serão quase 70 milhões – 30% da população. Em 1º de outubro, o Dia Internacional do Idoso traz foco na sensibilização da sociedade mundial para as questões do envelhecimento, destacando a necessidade de proteção e de cuidados para com essa população.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) pontua que o envelhecimento saudável não é ausência de doença, mas sim a preservação da capacidade funcional que garanta a independência do indivíduo. Nesse aspecto, a acessibilidade se faz fundamental para essa garantia e os condomínios – lugares escolhidos por boa parte dos idosos para viver, por questão de segurança e praticidade – precisam estar preparados para esse público.

“A acessibilidade vai muito além de vagas reservadas na garagem. Para que os moradores idosos tenham qualidade de vida, é essencial oferecer a eles acesso a todas as áreas comuns dos condomínios”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades e lançou um E-book, em iniciativa inédita no setor imobiliário, com ampla abordagem sobre a acessibilidade nas unidades condominiais. A cartilha do Grupo Graiche sobre Acessibilidade pode ser acessada gratuitamente no link https://bit.ly/3bkY18l.

Há, ainda, os idosos com algum tipo de deficiência. Dados divulgados no dia 21 de setembro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com informações da Pesquisa Nacional de Saúde, de 2019, mostrou que 24,8% das pessoas com 60 anos ou mais tinham alguma deficiência. “A acessibilidade é condição para a cidadania e para a humanização. Permitir que todas as pessoas frequentem e utilizem adequadamente os espaços é parte essencial para a justiça social”, salienta Luciana.

 Planejamento

Como cada condomínio tem as suas particularidades, é fundamental que um especialista faça os projetos e crie soluções personalizadas, pois em todos os casos algum tipo de facilidade tem que ser criada. “Não bastam os dispositivos de acessibilidade existirem, eles têm que funcionar”, frisa Luciana.

Entre os pontos principais para garantir mobilidade segura aos idosos estão a implantação de rampas de acesso para substituir escadas, devendo obedecer normas técnicas sobre a inclinação máxima; piso antiderrapante para evitar escorregões e quedas; corrimãos, que devem estar em ambos os lados das escadarias, além de adaptação das portas, que devem ser largas o suficiente para que seja possível a passagem de cadeira de rodas e dos banheiros das áreas comuns, com a instalação de barras de apoio.

Luciana lembra também que para se ter um envelhecimento saudável é preciso considerar o ambiente e o estilo de vida ativo, com atividades de lazer. “As áreas recreativas precisam ser acessíveis aos idosos. Nas piscinas, por exemplo, é importante substituir de escadas de inox por uma de alvenaria, que seja parte da piscina, auxiliando os idosos a entrarem na água de forma mais segura.

Nas academias, é recomendado dispor de equipamentos adequados para os idosos e, outra boa iniciativa, é buscar instrutores e recreadores especializados para incentivar a prática de esportes, além de estimular a participação nos eventos do condomínio. “Com os familiares trabalhando ou ausentes por estarem em outras tarefas, muitos idosos se sentem sozinhos, e, dessa maneira, além de promover o acesso e a segurança, a gestão vai garantir a inclusão de verdade. Como diz uma frase, o acesso é convidar para a festa e a inclusão é chamar para dançar” pontua Luciana.

Treinamento e Empatia

A vice-presidente do Grupo Graiche ressalta que promover a acessibilidade nos condomínios não é uma tarefa simples, principalmente nos mais antigos, já que exige investimento considerável e um período de obras que traz transtorno para todos. No entanto, ela frisa que as adaptações não consistem só no ato de investir, mas também em pequenas mudanças, especialmente treinamento dos gestores, prestadores de serviços e demais pessoas que compõem a engrenagem condominial, lembrando que a empatia e o respeito a todos que ali vivem devem ser a base de toda e qualquer ação.

Luciana destaca, ainda, que a mobilidade reduzida de uma pessoa impacta várias outras ao redor. “São pais, filhos, irmãos, maridos, esposas, enfim, pessoas que apoiam familiares com dificuldades para ir e vir. O condomínio é para todos e a acessibilidade também”.

As ações voltadas à acessibilidade requerem um planejamento de curto, médio e longo prazo, e a maneira ideal de realizar o empreendimento é com o engajamento de todos, salienta Luciana. “É importante criar uma cultura de acessibilidade entre os funcionários e os moradores, de modo que cada um tenha o entendimento de que as adaptações não são apenas uma obrigação, mas o certo a ser feito”, conclui.

GRUPO GRAICHE

O Grupo Graiche atua há 48 anos nos segmentos de administração condominial, administração de bens imóveis e na intermediação de locação e venda de imóveis. Hoje, a empresa administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades administradas e 5.650 funcionários.

Com métodos sempre inovadores, eficientes e transparentes na aplicação de recursos, é uma das mais bem-conceituadas empresas do ramo no Brasil, premiada Master Imobiliário. Em constante expansão, seu núcleo de funcionários reúne advogados, economistas, administradores de empresas, contadores, arquitetos e psicólogos. Muitos de seus clientes fazem parte da carteira do grupo há mais de trinta anos.

Compartilhar matéria no
Condomínios devem ter espaços adequados para idosos. Entenda e exija seus direitos