O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), registrou, em março deste ano, 109 pontos, diminuindo 0,9% em relação a fevereiro, porém aumentando 25,3% na comparação interanual.
Essa é a primeira redução do indicador desde novembro do ano passado, ainda que tenha sido pouco expressiva, ficando próxima à margem de erro, e, portanto, não configurando necessariamente uma mudança na tendência de crescimento, observada desde maio de 2021.
Além disso, o ICCP ainda se encontra no patamar otimista (acima de 100 pontos) e a diminuição registrada no último mês foi menor em relação à observada a nível nacional, a partir do Índice Nacional de Confiança (INC).
Para o economista do IEGV/ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o índice continua apontando a percepção positiva das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego atuais, enquanto as expectativas futuras sobre as variáveis anteriores e quanto à economia brasileira continuam positivas, mas perdendo intensidade em relação à leitura anterior.
No recorte de classes socioeconômicas, registrou-se aumento da confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes à classe AB, leve redução no índice para aquelas classificadas na classe C e diminuição maior para as que fazem parte da classe DE.
Na composição do índice, continua predominando a percepção positiva das famílias, em relação à sua situação financeira e de emprego atuais. Contudo, com relação às expectativas futuras sobre as variáveis anteriores e a economia brasileira, estas continuaram positivas, mas com menor intensidade, em relação à leitura anterior.
Apesar do arrefecimento da percepção positiva em termos de futuro, o sentimento de melhora da situação financeira atual continuou se refletindo na maior disposição a adquirir itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão. Também continuou aumentando a intenção de investir para o futuro.

ICCSP se mantém estável
Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 101 pontos em março, mantendo estabilidade em relação ao mês anterior, quando alcançou o campo otimista (acima de 100 pontos) pela primeira vez desde janeiro de 2020. Na comparação interanual, o ICCSP mostrou aumento de 27,8%.
A evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, mostrou um comportamento crescente para as famílias pertencentes à classe C, estabilidade para as famílias pertencentes às classes AB e queda na confiança dos entrevistados da classe DE.
Os resultados do ICCP e do ICCSP de março continuam apresentando estabilidade relativa, porém, no primeiro caso, com piora das percepções positivas em relação às situações de renda e emprego atuais, e melhora quanto à percepção da situação financeira futura, observando-se padrão inverso no segundo caso.
Para o economista da ACSP, a evolução relativamente mais favorável da confiança das famílias paulistanas e paulistas, na comparação com o resultado nacional, poderia ser explicada pelo fato de que a geração de empregos formais tem sido maior na cidade e no Estado de São Paulo.

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Confiança do consumidor paulista registra a primeira queda desde novembro, aponta ACSP