Pesquisadores descobriram que usar o exoesqueleto diminuiu em quase 1 segundo a média de tempo de cada corrida de curta duração
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi
Um novo exoesqueleto permite correr mais rápido. A tecnologia foi desenvolvida por uma equipe de engenheiros mecânicos da Universidade Chung-Ang, na Coreia do Sul. Os resultados foram publicados na revista Science Robotics.
Estrutura leve
- Segundo os pesquisadores, o exoesqueleto ajuda os corredores a percorrer curtas distâncias mais rapidamente.
- A estrutura conta com poucas peças e o objetivo é não incomodar o usuário.
- Ela consiste em uma mochila contendo um carregador que fornece pressão sobre cabos que se estendem da mochila até os quadris e para baixo de cada coxa.
- Todo o exoesqueleto pesa apenas 4,4 quilos.
- As informações são da Tech Xplore.
Como funciona o exoesqueleto
Os cabos melhoram a velocidade de corrida, ajudando em cada passada. À medida que um passo é dado, o cabo conectado se contrai, puxando a perna para frente mais rápido do que normalmente faria. Os pesquisadores também incorporaram sensores e um computador para processar informações sobre a o ritmo da corrida. isso permite sincronizar automaticamente com os passos à medida que a pessoa corre.
A equipe testou o exoesqueleto pedindo aos corredores voluntários amadores que o amarrassem e fizessem duas corridas de 200 metros. Cada um também percorreu a mesma distância duas vezes sem o aparelho.
Todos os resultados foram precisamente cronometrados. Os pesquisadores descobriram que usar o traje diminuiu em quase 1 segundo (0,97s) a média de tempo de cada corrida de curta duração. Após os primeiros testes, foram feitas melhorias na estrutura que agora está mais leve, pesando apenas 2,5 quilos.
Quanto menor o peso, maior o resultado previsto pelos cientistas na corrida. Agora, eles planejam testar a tecnologia com velocistas profissionais.
Uso da tecnologia para a saúde
Os exoesqueletos podem ser utilizados também para outros fins. Um exemplo é a estrutura criada pela Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences (SEAS) para pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) e carregam sequelas nos movimentos dos membros inferiores.
Publicado de forma online no Annals of the New York Academy of Sciences, a equipe de pesquisadores sugere que o novo exoesqueleto de tornozelo pode ajudar na propulsão ao andar e aumentar a confiança e capacidade geral de caminhar.