Muitos brasileiros ainda desconhecem que é possível destinar até 6% do Imposto de Renda devido ao Governo Federal para projetos ligados às leis de incentivo a projetos sociais da Saúds, Esporte e à Cultura. Assim, com o objetivo de conscientizar e divulgar essa informação, o advogado Renato Paixão criou, em 2013, o movimento I.R. do BEM.

Em mais de uma década, a iniciativa tem facilitado o contato entre projetos que necessitam de apoio e contribuintes que desejam fazer a diferença na vida de indivíduos e comunidades em todo o país. Porém, apesar do potencial de doação do brasileiro ter chegado perto dos R$ 12 bilhões ano passado, menos de 4% desse valor foi efetivamente destinado para projetos socioculturais.

Em São Paulo, por exemplo, quase R$ 3,6 bilhões poderiam ter sido destinados para ações sociais em 2023. Contudo, menos de R$ 89 milhões foram doados, representando 2,47% do potencial do estado. O Mato Grosso foi o estado que liderou as destinações, com 8,29% do potencial revertido para projetos. Ainda assim, bem abaixo dos quase R$ 206,5 milhões que poderiam ter ido para ações sociais de qualquer região do Brasil.

Paixão aponta que os números dos incentivos Brasil afora vêm melhorando, pois há dez anos não alcançava 1%. Porém, a baixa adesão deve-se à falta de conhecimento sobre esse direito e a incerteza sobre como proceder. “As leis de incentivo existem há mais de três décadas, mas muitos contribuintes ainda não sabem como fazer suas doações. Apoiar projetos socioculturais melhora a vida de milhares de brasileiros, gerando empregos e oportunidades para profissionais de diversas áreas”, explica o advogado.

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Contribuintes têm até final do ano para destinar parte do Imposto de Renda para projetos sociais como Santa Casa de Marília