A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia a programação especial para celebrar o Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha foi instituído em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Americana, que tinha como objetivo dar visibilidade à luta das mulheres negras contra o racismo, exploração, machismo e misoginia.
No Brasil, a data também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra, através da figura de Tereza de Benguela que foi a líder do Quilombo Quariterê e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo.
A secretaria preparou uma programação super especial para este mês! Dá uma olhada. Na Casa de Cultura do Campo Limpo, serão realizados 6 Workshops com duração de 60 minutos cada no dia 08 de julho, às 14h, o curso mostra um pouco da Cultura Afro através do seu conhecimento em Tranças.
No Teatro Flávio Império, a companhia Ágata de Artes buscou em autoras negras de diversas gerações inspiração para tratar do tema racismo, com quatro atrizes no palco interpretando textos e canções que tratam de dramas e de alegrias, o evento acontece no dia 20 de julho às 20h.
Outro destaque, desta vez no Centro Cultural Grajaú é a Bola do Fogo com Cia AfroOyá, apresentação feita pela bailarina baiana Tainara Cerqueira se inspira na revolução do Àkarà (ou Acarajé) como uma das primeiras fontes de renda das mulheres negras brasileiras para criar espetáculo fundamentado nas movimentações da dança afro brasileira e sobre forte regência ancestral da deusa de matriz africana Oyá, a exibição acontece no dia 27 de julho às 20h.
A SMC fecha o mês de julho com a comemoração dos 16 anos do Festival Latinidades. Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (+ de 20 países). Uma iniciativa contínua de promoção de equidade de raça, gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
O Festival busca desenvolver diálogos com o poder público, organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos. Um espaço para convergir iniciativas do estado e da sociedade civil relacionadas ao enfrentamento do racismo, sexismo e promoção da igualdade racial.
Neste ano o festival traz como tema o Bem Viver, que tem a ascendência mais conhecida nos povos originários Aymara e Kichwa e encontra ressonância nos modos de viver dos povos da floresta e povos tradicionais da América Latina. O conceito de Bem Viver vem, cada vez mais, ganhando força em toda a região, mesclando-se a outras epistemologias que confrontam diretamente o modelo vigente desenvolvimentista e exploratório da natureza e dos seres humanos.
“O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha representa a força e potência das mulheres negras. Por isso, fizemos questão de celebrá-la com uma programação de artistas pretas, espalhadas por São Paulo”, afirma a Secretária de Cultura Aline Torres.
As ações promovidas pela Secretaria de Cultura que compõem a programação do mês buscam promover uma reflexão sobre este tema, ao mesmo tempo em que celebra as conquistas e a importância da mulher negra com debates, palestras, oficinas, vivências, painéis, conferências, lançamentos literários, rodada de negócios, desfiles e apresentações de dança, feira de empreendedorismo, teatro e música.
Confira a agenda completa:
l CASAS DE CULTURA I
A Menina que Nasceu Sem Cor com Midria – “Recital de poesia e literatura Slam”
Atualmente, slams são batalhas de poesia muito comuns e populares no cenário cultural paulistano e que têm formado uma nova geração de poetas da palavra falada. Midria e suas convidadas Tawane Teodoro, Vickvi e Talita Aia, são filhas dessa geração da literatura marginal-periférica e em seus escritos reverberam a quebra do silenciamento histórico enfrentado por mulheres, negras e negros, periféricas e periféricos, população LGBTQIA+, entre outras questões que atravessam suas subjetividades.
Serviço:
|Casa de Cultura Brasilândia. Dia: 22/07 às 18h. 12 anos. Grátis. 50 minutos.
Sarau Omìndelè – Sarau
Sarau Omìndelè através da poesia, do canto falado e da oralidade histórica do batuque fará uma homenagem ao Samba de Roda, originário da região do Recôncavo Baiano. O samba de roda foi o primeiro gênero musical brasileiro a tornar-se patrimônio cultural oral e imaterial da humanidade pela Unesco, em 2005. Tradição cultural ligada ao Égbè Asé Òsun Òmindelè, situada em Cidade Tiradentes.
Serviço:
|Casa de Cultura Hip Hop Leste. Dia: 23/07 às 19h. Livre. Grátis. 45 minutos.
Justiça e Igualdade – Aliança Negra Posse – Música
Elxs são a primeira Posse de periferia da cidade de São Paulo e talvez até do Brasil ou quem sabe da América Latina, a Aliança Negra Posse (ANP). Em 2021, mais precisamente no dia 28 de abril, a Posse completou 33 anos de existência. E para as celebrações do mundial do Hip Hop o grupo apresenta ao público os sucessos acumulados ao longo das três décadas, o público pode esperar sucessos na voz de Simoni Santos, Mano Bomba e Keflyn que atualmente representam o grupo.
Serviço:
|Casa de Cultura Hip Hop Leste. Dia: 23/07 às 18h. Livre. Grátis. 45 minutos.
Em Busca de Judith com Jéssica Barbosa – Teatro Adulto
Até os 32 anos, Jéssica Barbosa acreditava que Judith Alves Macedo, sua avó paterna, havia falecido num acidente de carro. A história que lhe era contada desde a infância ganhou uma reviravolta quando a atriz se deparou com uma fotografia num livro e ouviu um relato familiar, gatilhos que disparam nela a busca pela história real de Judith. A mulher negra, mãe de cinco filhos, foi internada compulsoriamente num hospital psiquiátrico, onde permaneceu até a sua morte, em 1958. É sobre as buscas e descobertas dessa história, permeada pelo silenciamento das vozes femininas e questões que atravessam o sistema manicomial que trata.
Serviço:
|Casa de Cultura Raul Seixas. Dia: 28/07 às 09h30. Livre. Grátis. 70 minutos.
Slam das Manas em Libras – Recital de poesia e literaturaSlam
Além do protagonismo feminino, o Slam das Manas em Libras tem a perspectiva de protagonizar a Língua Brasileira de Sinais e questionar o local poético da mulher surda, afinal, só é poeta quem tem como primeira língua o português?
Serviço:
|Casa de Cultura Raul Seixas. Dia: 19/07 às 14h. Livre. Grátis. 120 minutos.
As Griots e suas palavras com Camila Araújo – Mediação de Leitura
A Mediação de leitura é o espaço de encontro entre livros e possíveis leitores, no encontro é apresentada a diversidade de narrativa de escritoras negras que através das palavras escritas revivem as memórias e saberes de nossos ancestrais, positivam nossa estética e reafirmam uma identidade cultural, religiosa outrora não valorizada. Em roda, apreciamos a leitura em conjunto. A atividade é livre para todos os públicos.
Serviço:
|Casa de Cultura Raul Seixas. Dia: 30/07 às 12h. Livre. Grátis. 45 minutos.
l CENTROS CULTURAIS I
Centro Cultural Grajaú
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Bola do Fogo com Cia AfroOyá
A bailarina baiana Tainara Cerqueira se inspira na revolução do Àkarà (ou Acarajé) como uma das primeiras fontes de renda das mulheres negras brasileiras para criar espetáculo fundamentado nas movimentações da dança afro brasileira e sobre forte regência ancestral da deusa de matriz africana Oyá.
27/07 / 20h / 60 min / Livre
Dança
Centro Cultural da Juventude
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Shows Filosofia Reggae e Torya
De São Caetano do Sul, a banda Filosofia Reggae abre a noite em viagem no tempo com sucessos da carreira de quase 20 anos. Depois sobe ao palco Torya, do bairro Jaçanã, com três álbuns autorais e com seu novo espetáculo, Gamora Show, unindo rap, dança, discotecagem e tradução de libras.
29/07 / 19h / 120 min / Livre / Gratuito
Centro de Culturas Negras
Aniversário do CCN com premiação, show de Sandra Sá e mais afrobrasilidades
Aos 43 anos, o Centro de Culturas Negras promove o 1º Prêmio Destaque CCN 2023, que homenageia funcionários, coletivos, artistas e participantes que ajudam a criar e recriar o tradicional espaço cultural do Jabaquara. Paralelamente acontecem apresentações musicais que ocupam todo o final de semana. Entre elas, Sandra Sá apresenta clássicos de sua carreira com MPB, soul, samba e funk.
Show Sandra Sá + Funk como le Gusta
29/07 / 12h40 / 60 min / Livre / Gratuito
DJ Hum com Expresso do Groove (Lino Krizzi, Tio Fresh, Kaion e Cris SNJ)
29/07 / 15h / 120 min / Livre / Gratuito
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Festival Mãe Preta
Evento com performance da bailarina Vick Fonseca, bate-papos e feira de gastronomia sobre culinária da diáspora africana, presença do Movimento Cultura Preta ,Preste Atenção e show intimista da cantora e modelo NaLLa.
23/07 / 14h / 90 min / Livre / Gratuito
Centro Cultural Penha
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Jurema Pessanha
Nascida na zona leste de São Paulo, Jurema Pessanha apresenta show em homenagem a Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Jovelina e Leci Brandão.
29/07 / 20h / 60 min / 12+ / Gratuito
Polo Cultural da Chácara do Jockey
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Funmilayo Afrobeat Orquestra
Funmilayo Afrobeat Orquestra é uma banda de afrobeat brasileiro formada em 2019 pela cantora e saxofonista Stela Nesrine e trompetista Larissa Oliveira. Provocadas pela ausência de mulheres negras no afrobeat, um gênero essencialmente negro, buscaram outres artistas para dar vida ao projeto. O nome homenageia Funmilayo Anikulapo Kuti, pioneira na luta das mulheres nigerianas por liberdade, direito ao voto e justiça social. Professora proeminente e ativista incansável, Funmilayo é mãe de Fela Anikulapo Kuti, artista nigeriano considerado o criador do Afrobeat, com músicas engajadas em políticas e problemas sociais.
22/07 / 15h / 60 min / Livre / Gratuito
l TEATRO I
Teatro Flávio Império
Mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Mulheres Negras
A Companhia Ágata de Artes buscou em autoras negras de diversas gerações inspiração para tratar do tema racismo, com quatro atrizes no palco interpretando textos e canções que tratam de dramas e de alegrias.
20/07 / 20h / 60 min / 12+ / Gratuito
Teatro adulto
l FESTIVAL LATINIDADES I
21 a 23 de julho – Centro Cultural São Paulo e Museu das Favelas, São Paulo
29 e 30 de julho – Pelourinho, Salvador