Era fim de julho de 2023. Salas de cinema do mundo todo registravam o mesmo cenário: filas e mais filas de gente usando rosa. Há muito tempo o cinema não via algo parecido. No fim, Barbie, de Greta Gerwig, se tornou a maior bilheteria do ano.

Ao lado de Oppenheimer, de Christopher Nolan, os dois longas, que estrearam na mesma data, injetaram juntos quase US$ 2,5 bilhões nos bolsos dos estúdios e proprietários de cinemas.

O fenômeno ficou conhecido como “Barbenheimer”. E foi um verdadeiro respiro para Hollywood. Um sinal de que o negócio ainda podia ser grande, mesmo com os streamings, mesmo com a pandemia, mesmo com a crise econômica, mesmo com as greves de atores e roteiristas

Nos Estados Unidos, o verão, que vai do fim de junho até setembro, sempre foi marcado por grandes estreias no cinema. Isso por causa das longas férias escolares por lá, além de feriados importantes, como o Dia da Independência, no 4 de julho.

O que os dois filmes fizeram no ano passado remeteram a verões antigos, de uma época em que não havia ainda smartphones e redes sociais. Uma época na qual o cinema era o grande protagonista.PUBLICIDADE

Hoje, quase um ano depois, a pergunta que fica é: qual será o próximo “Barbenheimer”?

As estreias deste verão (inverno aqui no Brasil)

  • Antes de elencar as estreias, é importante registrar que dificilmente teremos um novo “Barbenheimer”.
  • Convenhamos: não será fácil repetir o que aconteceu.
  • Dois longas completamente diferentes, lançados no mesmo dia e que viraram sucesso de público e crítica, ganhando estatuetas do Oscar e batendo a casa do bilhão em bilheteria.
  • Dito isso, quem deve se aproximar em ganhos desses dois é o único blockbuster da Marvel em 2024: Deadpool & Wolverine, que será lançado em julho.
Deadpool & Wolverine lidera as apostas de maior bilheteria de 2024 – Imagem: Divulgação/Marvel Studios
  • Os especialistas acreditam que o longa pode furar a bolha dos fãs de super-heróis por causa do carisma dos protagonistas, além de ser o primeiro filme do estúdio proibido para menores de 16 anos.
  • Outra aposta de boa bilheteria vai para Divertida Mente 2, que estreia daqui a poucas semanas, em junho.
  • A lista de lançamentos conta ainda com: Furiosa: A Mad Max Saga (que já estreou por lá), Bad Boys: Ride or Die e Meu Malvado Favorito 4.
  • Todos esses longas têm algo em comum: eles são sequências.
  • Essa seria, portanto, a grande aposta de Hollywood para este verão americano.

Histórias originais x Sequências

Essa é uma discussão que vem ganhando as rodas de debate dos cinéfilos. Depois de sucesso de Barbie e Oppenheimer, os críticos disseram que o público estaria disposto a voltar às telonas por histórias novas e criativas.

Então por que raios Hollywood apostou em sequências, em personagens repetidos para essa temporada?

Existem duas respostas para isso. A primeira é que um filme não nasce da noite para o dia. Se os estúdios realmente acharem que o caminho são as histórias originais, devemos ver uma enxurrada de filmes assim nos próximos anos. Não de um verão para o outro.

Existe o tempo para elaboração do roteiro, escolha de elenco, pré-produção, filmagem, efeitos especiais, refilmagens, trabalho de marketing, distribuição e etc. É muita coisa. Mesmo!

E o segundo ponto é que as sequências não são tão descartáveis assim, como deve mostrar Deadpool & Wolverine.

“Sequências são boas – se os filmes forem bons”, disse Bob Bagby em entrevista ao The Wall Street Journal. Ele é CEO da B&B Theatres, que tem sede em Kansas City e opera mais de 50 salas em 14 estados dos EUA.

E o que ele falou é verdade. Tanto que há dois anos, em 2022, a grande bilheteria foi Top Gun: Maverick, uma sequência cujo primeiro longa data de 1986. O filme estrelado por Tom Cruise rompeu a marca de US$ 1,5 bilhão globalmente.

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Tom Cruise sorri com mais um sucesso para a conta – Imagem: Divulgação/Paramount Pictures

Bom filme, boa bilheteria. Seja ou não uma sequência. E que venha logo essa nova leva!

As informações são do Wall Street Journal.

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Depois de “Barbenheimer”, veja aposta de Hollywood para o verão nos cinemas americanos