Além do sono, o horário do estudo também influencia na retenção e na formação da memória
Se você acredita que dormir logo depois de estudar pode ajudar a reter melhor o conteúdo, um estudo provou que você está certo. No entanto, a pesquisa também mostrou que essa mesma situação pode fazer com que as pessoas criem memórias falsas, se convencendo de terem estudado algo que não estava lá.
Dormir depois de estudar ajuda?
Um estudo resolveu entender melhor o processo de retenção e formação das memórias. Para isso, resolveu analisar o que acontece quando algumas pessoas dormem depois de estudar.
Para isso, a pesquisa contou com 488 voluntários, que estudaram uma lista de palavras relacionadas umas com as outras e deveriam tentar se lembrar delas 12 horas depois.
Nesse meio tempo, alguns voluntários puderam dormir e outros não. Todos passaram por um teste de memória após o intervalo.
Conclusões sobre a memória
- De acordo o site Medical Xpress, os pesquisadores descobriram que as pessoas que dormiram entre o período do estudo e do teste tiveram melhores resultados de retenção de memória do que aqueles que ficaram acordados.
- No entanto, eles também foram mais propensos a acreditar que leram palavras relacionadas ao que estudaram, mas que não estavam realmente na lista.
- Por exemplo, a lista continha termos como “enfermeira”, “hospital” e “cirurgia”. As pessoas que dormiram durante as 12 horas acreditaram ter estudado a palavra “médico”, que não estava na lista.
- Outro resultado importante é que o horário em que os voluntários foram testados sobre a memória também impactou nos resultados. Ambos os grupos cometeram erros e recordaram sobre falsas memórias mais frequentemente no período da noite.
O que isso significa sobre nossa memória?
Com base nos resultados, o estudo concluiu que o propósito da memória pode não ser necessariamente lembrar ou decorar precisamente aquilo que aconteceu. Na verdade, ela funciona lembrando da essência dos acontecimentos.
Essas ligações e associações, inclusive, fazem parte do processo de aprendizagem.
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Lucas Soares/Olhar Digital