Depois de aceitar que a vida não é uma linha reta – muito menos uma crescente – vem outro desafio dos grandes, precisamos manter alguma esperança entre esses altos e baixos.

Nada fácil, principalmente porque nos momentos de sofrimento é comum o esvaziamento de sentido, como se tudo perdesse a graça, o brilho, a beleza. Como imaginar que algo bom pode acontecer depois de um momento ruim?

Principalmente quando mergulhamos no processo de autoconhecimento, as emoções diante do que desvendamos nem sempre serão agradáveis.

Para não cair na positividade tóxica, é possível trazer nossa perspectiva para um ângulo alinhado com as evidências. Os momentos bons passam, os ruins também serão passageiros. Não sentiremos felicidade o tempo todo, assim como não precisamos pautar nossa vida apenas na tristeza. A lembrança do momento difícil irá nos acompanhar de agora em diante e as lembranças de vivências potentes também continuam aqui.

A flexibilidade cognitiva necessária para mudarmos nossos pensamentos requer tempo, tentativas, entendimento sobre o quanto algo te afeta e quais possibilidades para lidar com essa dificuldade no momento presente.

Não é sobre acreditar cegamente que tudo vai ser melhor e seguir em frente sem sofrer. É importante acolher o que sente, validar cada emoção diante do que te afeta, para então perceber quais pensamentos estão por trás de cada uma delas e qual a perspectiva possível para deixar uma janelinha aberta, mesmo que timidamente, para quando a esperança voltar.

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É preciso manter a esperança entre os altos e baixos da vida. Sempre vem os altos. Entenda!