O vice-presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, considerou como positivo o resultado conseguido pelo setor empreendedor que promoveu neste último mês de agosto, o terceiro maior volume de empregos formais gerados em 2022 no Brasil. O saldo de 278,6 mil novas contratações só ficou atrás do montante alcançado em fevereiro (341,6 mil) e praticamente empatou com o contingente que foi empregado em junho (280,8 mil). “Esse é o melhor índice que demonstra a retomada da economia”, festejou o dirigente que vem acompanhando a performance nacional e se surpreendeu com os últimos dados. “Estamos muito próximos da realidade antes da pandemia”, disse o pesquisador que monitora dados e informações a respeito.
De acordo com Carlos Francisco Bitencourt Jorge esse resultado foi fortemente influenciado pelos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas (MPE), que tiveram o segundo melhor desempenho do ano, com 199,6 mil vagas. O quantitativo ficou atrás apenas dos 227,6 mil postos gerados em fevereiro. “Novamente, as MPE responderam por mais de 70% do total de empregos criados no país”, destacou o vice-presidente da diretoria de Marília, ao verificar que no acumulado do ano, o Brasil já supera a marca de 1,8 milhão de empregos gerados, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 1,3 milhão (71,7%). Por sua vez, as médias e grandes criaram 400 mil (21,5%) postos de trabalho. “Por isso que o papel das associações comerciais, em conjunto com o Sebrae, passa a ser importantes para o assessoramento do micro e pequeno empreendedor”, defendeu o dirigente de Marília.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Meles, esses números estão em conformidade com a queda da taxa de desocupação calculada pelo IBGE. “Em janeiro, a taxa de desemprego no Brasil era de 11,2%. Em agosto, ela caiu para 8,9%, o que representa uma considerável redução de 2,3 pontos percentuais”, comenta ao lembrar que após três meses com todos os setores, em ambos os portes (MPE e MGE), apresentando saldos de contratações positivos, em agosto, os setores da Construção (-466), Comércio (-146) e Indústria Extrativa Mineral (-10) das médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram. “Precisamos fazer com que as micro e pequenas empresas se mantenham e prosperem”, defendeu o dirigente de Marília ao colocar os programas e serviços da associação comercial e do Sebrae à disposição dos empreendedores, de uma forma geral. “Somente com o conhecimento é que será possível ter uma gestão responsável nas micro e pequenas empresas”, defendeu o acadêmico.
Carlos Francisco Bitencourt Jorge ressaltou que o setor de Serviços das micro e pequenas empresas continua sendo o grande gerador de empregos, com 96,2 mil contratações (35% do total). Ainda entre as MPE, à semelhança do que ocorreu nos últimos quatro meses, os setores de Comércio e Construção Civil ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, na criação de postos de trabalho. “A Micro e Pequena Empresa (MPE) comemora a marca de 72% dos empregos gerados no país somente no primeiro semestre de 2022, chegando a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 99% dos empreendimentos brasileiros, ou seja, 18,5 milhões de pequenos negócios”, apontou o vice-presidente da associação comercial de Marília. “Não é exagero afirmar que as micro e pequenas empresas voltaram a ser a locomotiva que puxa a economia brasileira”, argumenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

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Empregos Formais: Microempresas contratam 71,7% dos postos de trabalho criados