Essa é a nova forma de ganhar uma grana extra com a Shopee — e quase ninguém está aproveitando

Em meio à crescente digitalização do comércio, uma nova oportunidade vem transformando pequenos empreendedores em peças-chave da logística de grandes marketplaces.

Tornar-se ponto de coleta e devolução de produtos da Shopee, Mercado Livre ou Amazon deixou de ser apenas um serviço extra, e passou a representar uma importante fonte de renda e visibilidade para pequenos negócios locais.

“Chegue cedo, porque daqui a pouco isso aqui enche”, avisa a comerciante Mariete Fernandes, enquanto organiza pilhas de pacotes em sua papelaria, a Print Copy, no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

O espaço, que antes vivia apenas da impressão e venda de materiais escolares, agora também funciona como ponto de coleta da Shopee, marketplace que movimentou cerca de R$ 40 bilhões no Brasil apenas no último ano.

“Dependendo do mês, a renda da loja pode aumentar em até 35% com as coletas e devoluções”, conta Mariete, que já inspira familiares a seguir o mesmo caminho.

Foto: Shutterstock

Mercado Livre lidera rede de parcerias com pequenos empreendedores

Mercado Livre é um dos principais impulsionadores desse movimento. Apenas no Brasil, o marketplace argentino já conta com 4.807 pontos de coleta, os chamados Meli Places. Segundo a empresa, 59% desses estabelecimentos têm no serviço sua principal fonte de renda.

De acordo com o relatório O Melhor do Brasil, divulgado pela companhia, pequenas e médias empresas que integram seu ecossistema geraram 111 mil empregos em 2024, movimentando R$ 381 bilhões, o equivalente a 3,2% do PIB nacional.

“Mais do que números, esses dados representam histórias reais de transformação de pequenos empreendedores que crescem junto com a nossa plataforma”, destaca Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no país.

Shopee e Amazon seguem o mesmo caminho

A Shopee, que iniciou o sistema de pontos em 2023, já soma cerca de 3 mil agências espalhadas pelo Brasil. A empresa ampliou o modelo em 2024, permitindo também devoluções e retiradas de produtos, o que aumentou o fluxo de clientes nos estabelecimentos parceiros.

“Além do ganho financeiro, os pontos de coleta atraem mais pessoas para o comércio, o que aumenta a visibilidade e impulsiona outras vendas”, afirma a empresa em nota.

A Amazon também entrou na disputa, com 532 pontos de retirada em operação e planos de chegar a 3.000 até o final de 2025. No Brasil, a gigante movimentou R$ 39 bilhões no último ano e vê nos pequenos comércios uma forma eficiente de expandir sua capilaridade logística.

Baixo investimento e retorno rápido

O modelo é simples e acessível. Para ser um ponto de coleta de marketplaces, o empresário precisa ter CNPJ com CNAE de armazenamento, inscrição estadual e municipal, um espaço físico adequado para pacotes e equipamentos básicos, como um computador com leitor de código de barras ou smartphone e impressora. A pós o cadastro e a aprovação, o parceiro participa de um treinamento rápido e já pode começar a operar.

“É prático e eficiente. O cliente chega, entrega ou retira o pacote e pronto. Tudo é registrado no sistema em poucos minutos”, explica Mariete, que transformou sua papelaria em um hub logístico de sucesso.

Um novo caminho para empreender

Com o crescimento exponencial do comércio eletrônico, o papel dos pontos de coleta de marketplaces tende a se expandir ainda mais.

Além de aumentar o faturamento, os pequenos comerciantes conquistam visibilidade, fluxo constante de clientes e novas oportunidades de negócios.

Em um cenário em que empreender se tornou sinônimo de adaptação, atuar como parceiro logístico de gigantes como Shopee, Mercado Livre e Amazon é, para muitos, o passo estratégico que faltava para prosperar sem grandes investimentos.

*Com informações Folha de S. Paulo

Fonte: capitalist

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