
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, esteve nesta quarta-feira, 26, no Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em El Salvador, onde acompanhou de perto as condições dos detentos acusados de pertencer a gangues como Tren de Aragua e MS-13.
A visita acontece em meio a negociações com o presidente Nayib Bukele para ampliar o número de deportações norte-americanas destinadas ao presídio.
Noem usava boné da agência de imigração ICE enquanto caminhava pelas celas superlotadas e vigiadas por guardas fortemente armados. O presídio abriga atualmente cerca de 15 mil homens e recebeu, no início de março, mais 250 suspeitos deportados dos EUA.
O governo americano argumenta que os detentos representam ameaça à segurança nacional e, por isso, foram removidos com base na Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798.
Durante a visita, Noem observou presos enfileirados, cobertos por tatuagens que indicam filiações a facções criminosas. “Ninguém espera que essas pessoas possam voltar à sociedade e se comportar”, afirmou Gustavo Villatoro, ministro da Segurança Pública de El Salvador, segundo relato da imprensa americana.
Inaugurado em 2023, o CECOT se localiza a 75 quilômetros da capital San Salvador e tem capacidade para cerca de 40 mil detentos.
Os presos passam 23 horas e meia por dia trancados, sem acesso à luz do sol, com alimentação restrita a feijão e macarrão, e sem colchões. A proposta declarada do governo Bukele é tornar o ambiente tão hostil que desestimule a adesão às gangues.
A visita de Noem a El Salvador é a primeira etapa de um giro por países latino-americanos com foco em crime organizado e imigração ilegal. Ela segue agora para a Colômbia e depois ao México, onde se encontrará com os presidentes locais.
O acordo entre os EUA e El Salvador para abrigar deportados no CECOT foi fechado em fevereiro pelo secretário de Estado Marco Rubio.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil