
O Ministério da Justiça da Bolívia formalizou nesta quinta-feira, 5, uma denúncia penal contra o ex-presidente Evo Morales (foto) por oito crimes, incluindo terrorismo, incitação ao crime e obstrução de processos eleitorais.
A queixa, apresentada ao Ministério Público de La Paz, envolve atos violentos registrados durante bloqueios organizados por apoiadores de Morales. A denúncia cita ordens atribuídas a Morales para cercar a capital e ocupar casas de autoridades.
O governo afirma que houve mais de 40 bloqueios em rodovias em diferentes partes do país, especialmente em Cochabamba, reduto político do ex-presidente. Os manifestantes exigem a renúncia de Luis Arce.
A pena prevista para o crime de terrorismo, o mais grave entre os citados, varia de 15 a 20 anos de prisão.
O ex-presidente, que governou o país entre 2006 e 2019, está atualmente impedido de concorrer devido a uma decisão judicial que proíbe mandatos presidenciais além do segundo. Além disso, Morales não conta com uma sigla habilitada para registrar candidatura.
Em sua conta no X, Morales reagiu à nova denúncia dizendo que esta é a 14ª ação movida contra ele pelo governo de Arce e que “não acalmará as demandas populares”.
Acusações de estupro e tráfico de menor
Morales também responde a outro processo, em que é acusado de estuprar e traficar uma adolescente de 15 anos, supostamente com o consentimento dos pais da jovem.
Segundo o Ministério Público, o caso ocorreu em 2015, e a vítima teria tido uma filha do ex-presidente. Os pais teriam se beneficiado politicamente ao inscrevê-la na chamada “guarda juvenil” de Morales. O ex-presidente nega as acusações.
Desde janeiro, Morales está abrigado na região de Chapare, após a Justiça decretar sua prisão preventiva nesse caso. O escândalo veio à tona em outubro de 2024, quando o governo confirmou a existência da investigação.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil