A ex-primeira-dama argentina Fabiola Yañez, de 43 anos, declarou publicamente seu temor pela segurança e afirmou ser vítima de assédio e violência de gênero por parte do ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023). Em entrevista ao site Infobae, ela revelou detalhes chocantes do que descreveu como um longo período de “terrorismo psicológico”.
Yañez compartilhou que, além da violência física, enfrentou ameaças constantes de suicídio por parte de Fernández. Essas ameaças, segundo ela, ocorreram durante dois meses, tornando insuportável a convivência na residência presidencial em Buenos Aires.
Fabiola Yañez detalha violência psicológica
De acordo com a ex-primeira-dama, o assédio telefônico foi uma forma contínua de violência. Fernandéz a pressionava emocionalmente, ameaçando tirar a própria vida caso ela tomasse determinadas ações. Para ela, essas atitudes configuram um crime grave.
Ela destacou a dificuldade em lidar com essas ameaças enquanto tentava cuidar de seu filho. “Como posso ajudar meu filho se tenho uma pessoa me dizendo essas coisas?”, perguntou Yañez, enfatizando o impacto profundo dessa situação sobre sua vida pessoal e familiar.
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— Ramiro Marra (@RAMIROMARRA) August 11, 2024
Quem está protegendo Fabiola Yañez?
Atualmente residindo em Madrid, na Espanha, com seu filho Francisco, Yañez afirmou que não recebeu ajuda, apesar de muitas pessoas ao seu redor estarem cientes do que acontecia. A falta de intervenção e suporte fez com que ela buscasse refúgio fora da Argentina.
O juiz argentino Julián Ercolini, responsável pelo caso, determinou o reforço da segurança de Yañez, visando garantir sua proteção. Medidas restritivas foram impostas contra Fernández, incluindo a proibição de se aproximar da ex-primeira-dama e a restrição de sua saída do país.
Medidas legais e implicações para Alberto Fernández
Após as denúncias, a justiça realizou buscas na residência de Fernández em Buenos Aires, confiscando seu telefone celular. O ex-presidente nega todas as acusações via redes sociais, afirmando que “a verdade dos fatos é outra”.
As consequências legais foram imediatas. O juiz Ercolini ordenou que Fernández mantenha uma distância de pelo menos 500 metros da residência de Yañez e proibiu sua saída do país. A ação judicial inclui relatos e fotografias de supostos atos de violência física, que fortalecem a acusação da ex-primeira-dama.
Repercussões Políticas
O caso teve grande impacto político na Argentina, especialmente entre os opositores peronistas. A ex-presidente e vice de Fernández, Cristina Kirchner, comentou o caso em suas redes sociais, criticando duramente a gestão de seu antigo companheiro de governo e a gravidade das acusações.
Além disso, houve uma troca de advogados na defesa de Yañez, com a advogada Mariana Gallego assumindo o caso. Fontes próximas à nova defesa afirmaram que não farão declarações pertinentes até a revisão completa dos detalhes do processo.
Futuro de Fabiola Yañez e seu filho
Com todas as evidências apresentadas e o trauma vivido, Fabiola Yañez busca agora segurança e paz para ela e seu filho. Em Madri, ela tenta reconstruir a vida longe das ameaças e do passado conturbado. A angustiante experiência que compartilhou lançou luz sobre a importância de mecanismos de proteção eficazes para vítimas de assédio e violência de gênero.
Ao relatar sua história, Yañez espera que a justiça argentina tome medidas eficazes para garantir sua segurança e a de seu filho. Este caso destaca a necessidade urgente de políticas e ações que protejam vítimas de violência doméstica e assédio em todas as esferas da sociedade.
Revista D Marília / Fonte: Terra Brasil Notícias