Estudo publicado na Nature Mental Health comprovou impactos negativos
Não é de hoje que especialistas debatem o efeito da luz artificial na saúde do corpo e mente. Agora, no entanto, um estudo, o maior já feito sobre o tema, comprovou os impactos negativos da exposição à luz durante a noite, bem como os benefícios da exposição à luz diurna natural.
De acordo com o Medical Xpress, as descobertas indicam que a simples prática de evitar a luz à noite e procurar uma luz mais forte e natural durante o dia pode ser um meio eficaz e não farmacológico de reduzir problemas graves de saúde mental.
Nossas descobertas terão um impacto social potencialmente enorme. Quando as pessoas compreenderem que os seus padrões de exposição à luz têm uma influência poderosa na sua saúde mental, podem tomar algumas medidas simples para otimizar o seu bem-estar. Trata-se de obter luz brilhante durante o dia e escuridão à noite.
Sean Cain, líder do estudo e professor associado da Monash School of Psychological Sciences e do Turner Institute for Brain and Mental Health, Austrália.

Segundo Cain, os participantes também foram analisados conforme saúde do sono, atividade física e saúde mental geral. Os resultados se mantiveram independente dos tópicos, que também consideraram demografia, estação do ano e trabalho.
O especialista explicou que nossos cérebros evoluíram para funcionar melhor com a luz forte durante o dia e quase sem luz à noite, mas os seres humanos dos tempos modernos e industrializados viraram o sistema biológico de cabeça para baixo.
Os humanos hoje desafiam a biologia, passando cerca de 90% do dia em ambientes fechados sob iluminação elétrica, que é muito fraca durante o dia e muito clara à noite em comparação com a luz natural e os ciclos escuros. Isso está confundindo nossos corpos e nos deixando indispostos.
Diversas pesquisas já alertaram sobre o efeito da luz artificial na saúde. Em 2021, por exemplo, um levantamento relacionou a falta de exposição à luz natural ao número de crianças com miopia. Em resumo, a falta de momentos ao ar livre e uso excessivo de telas (situações agravadas na pandemia) estariam colaborando para o aumento de crianças com o diagnóstico. Saiba mais aqui!
Tamires Ferreira | Fonte Olhar Digitial