FUP questiona o vazamento de investigação aberta pelo Comitê de Ética contra o coordenador da entidade
A FUP (Federação Única dos Petroleiros), que reúne os sindicatos de trabalhadores da Petrobras, disse nesta 5ª feira (29.fev.2024) que pedirá que a estatal investigue a conduta de funcionários de alto escalão. A entidade afirmou que conselheiros tiveram comportamento antiético por vazarem informações sobre uma investigação que deveria ser sigilosa.
A investigação em questão é contra o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. A apuração foi aberta pelo Comitê de Ética a pedido do Conselho de Administração da Petrobras e noticiada pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo. O motivo seriam críticas que Bacelar fez a executivos da empresa nas redes sociais.
Segundo a FUP, Bacelar desconhece tal processo e caso ele de fato exista, deveria ser sigiloso. “A atitude viola o código de ética da companhia e demonstra a existência de setores informais de informação paralela na empresa, tal como era comum no governo anterior”, diz o comunicado da federação.
O pedido da entidade é que a Petrobras apure quem do alto escalão vazou informação sobre a existência de um processo sigiloso e qual foi o objetivo.
“Processos de cunho administrativo são sigilosos. Causa estranheza o vazamento para a imprensa antes mesmo da notificação da parte interessada”, disse Bacelar, que afirmou que, se for notificado, a defesa analisará se é caso de abuso de autoridade do denunciante ou tentativa de intimidação contra a liberdade de manifestação e de expressão de um dirigente sindical.
O advogado Marthius Sávio Lobato, que representa a FUP no caso, disse que o vazamento de informações sigilosas, além de violar o código de ética da empresa por funcionários que deveriam ser os primeiros a manter a integridade das normas administrativas, viola direito fundamental de Bacelar.
Poder 360